ATA
DA TRIGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA
DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 13-4-2011.
Aos
treze dias do mês de abril do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio
Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze
horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos
vereadores Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos
Todeschini, DJ Cassiá, Elias Vidal, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza,
Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Mauro
Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia,
Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal. Constatada a
existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli Sell, Airto
Ferronato, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto,
Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mario Manfro, Nilo Santos, Pedro Ruas e
Sebastião Melo. Também, foram apregoados os Ofícios nos 381 e
382/11, do senhor Prefeito, encaminhando, respectivamente, os Projetos de Lei
do Executivo nos 015 e 016/11 (Processos nos 1400 e
1401/11, respectivamente). Do EXPEDIENTE, constaram os Comunicados nos
290877, 290878, 290879, 290880, 290881, 290882, 290883, 290884, 290885, 290886,
290887, 290888, 290889 e 290890/11, do senhor Daniel Silva Balaban, Presidente
do Fundo Nacional da Educação – FNDE. Após, foi apregoado Requerimento de
autoria do vereador Airto Ferronato, solicitando Licença para Tratamento de
Saúde no dia onze de abril do corrente. A seguir, a senhora Presidenta
registrou as presenças do senhor Mário Carvalho e da senhora Maria João Raupp,
respectivamente Diretor e Gerente para a Região Sul da empresa TAP/Portugal,
convidando-os a integrarem a Mesa dos trabalhos e concedendo a palavra a Suas
Senhorias, que apresentaram projeto desenvolvido por essa companhia aérea, de
implantação do primeiro voo direto Porto Alegre – Portugal, cujos serviços
estão com início programado para o mês de junho do corrente. Na oportunidade, a
senhora Presidenta concedeu a palavra aos vereadores Haroldo de Souza, João
Carlos Nedel, Toni Proença, Mauro Pinheiro, Airto Ferronato, Mauro Zacher,
Idenir Cecchim e Pedro Ruas, que se manifestaram acerca do assunto em debate.
Ainda, a senhora Presidenta concedeu a palavra ao senhor Mário Carvalho e à senhora
Maria João Raupp, para considerações finais e resposta aos questionamentos
formulados pelos senhores vereadores sobre o tema apresentado por Suas
Senhorias. Às quatorze horas e cinquenta e dois minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e cinquenta e
cinco minutos, constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se os vereadores João Antonio Dib, Pedro Ruas, Carlos Todeschini,
Engenheiro Comassetto, este pela oposição, João Antonio Dib, este pelo Governo,
Nilo Santos, Airto Ferronato e Luciano Marcantônio. Às quinze horas e quarenta
minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. A
seguir, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Beto Moesch,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante da Ordem do Dia.
Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 018/11 (Processo nº 1294/11), após
ser encaminhado à votação pela vereadora Fernanda Melchionna e pelos vereadores
Carlos Todeschini e Elói Guimarães. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº
019/11 (Processo nº 1316/11), por vinte e um votos SIM e dois votos NÃO, após
ser encaminhado à votação pelos vereadores Pedro Ruas e Idenir Cecchim, em
votação nominal solicitada pela vereadora Fernanda Melchionna, tendo votado Sim
os vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto
Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, Haroldo de Souza,
Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria
Celeste, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos,
Paulinho Rubem Berta, Sebastião Melo e Tarciso Flecha Negra e Não a vereadora
Fernanda Melchionna e o vereador Pedro Ruas. Em Discussão Geral, 2ª Sessão,
esteve o Projeto de Resolução nº 007/09 (Processo nº 1193/09), o qual, após ser
discutido pelos vereadores Sebastião Melo e Bernardino Vendruscolo, teve sua
discussão adiada por três Sessões, a Requerimento, aprovado, de autoria do
vereador Luiz Braz. Durante a apreciação do Projeto de Resolução nº 007/09, o
vereador Luiz Braz cedeu seu tempo de discussão ao vereador Sebastião Melo. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
175/10 (Processo nº 3866/10). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 008/10 (Processo nº 0430/10), após ser
discutido pelos vereadores Aldacir José Oliboni, Airto Ferronato, Maria Celeste, Luiz Braz,
Carlos Todeschini, João Antonio Dib, Adeli Sell, Mauro Zacher e Dr. Raul
Torelly e encaminhado à votação pelo vereador Engenheiro Comassetto. A seguir,
foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Idenir Cecchim,
solicitando a retirada do Projeto de Lei do Legislativo nº 021/11 (Processo nº
0838/11) da priorização para a Ordem do Dia da presente Sessão. Em Discussão Geral
e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº 247/05 (Processo nº
5138/05), após ser discutido pelo vereador Carlos Todeschini. Foi aprovada a Emenda
nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 247/05. Foi aprovada a Subemenda
nº 01 à Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 247/05. Foi
aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 247/05. Em Discussão Geral e
Votação esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 263/09 (Processo nº 6072/09),
o qual deixou de ser apreciado em face da inexistência de quórum. Durante a
Sessão, foram registradas as presenças, neste Plenário, dos conselheiros
tutelares Rodrigo
Farias dos Reis e Marcelo Rodrigo Bernardi. Às
dezessete horas e vinte e três minutos, constatada a inexistência de quórum, em
verificação solicitada pelo vereador Carlos Todeschini, o senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a
Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos
pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cassiá e Toni Proença e
secretariados pelo vereador Toni Proença. Do que foi lavrada a presente Ata,
que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e
pela senhora Presidenta.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Hoje temos o comparecimento
especial do Sr. Mário Carvalho, Diretor da TAP/Portugal. Convido-o a compor a
Mesa, assim como a Srª Maria João Raupp, Gerente da TAP/América Latina para a
Região Sul.
O assunto do
Comparecimento é a belíssima novidade de a cidade de Porto Alegre passar a ter,
a partir de junho, um voo direto à Europa. Porto Alegre passará a ser porta de
entrada e porta de saída para a Europa, possibilitando um outro patamar de
relações internacionais inclusive para a América Latina.
Eu tive a honra de
receber o Presidente mundial da TAP, Sr. Fernando, quando Prefeita em
exercício. A nossa Cidade está se preparando para potencializar esses voos, que
precisam dar certo para que a Cidade marque mais fortemente a sua presença no
mundo.
Nós convidamos o Sr.
Mário para nos contar como vai ser, que horários vão ser disponibilizados, qual
a intenção e que o investimento haverá para que o voo seja permanente,
potencializado e, quem sabe, ampliado.
O Sr. Mário Carvalho
está com a palavra.
O SR. MÁRIO CARVALHO: Boa-tarde!
Primeiramente, eu gostaria de agradecer à Presidente desta Casa, Sofia Cavedon;
Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores. É uma grande
honra estar aqui na Casa do Povo de Porto Alegre para poder informar a nossa
decisão, a decisão da TAP, em iniciar as suas operações nesta Cidade.
Rapidamente eu vou
dar um panorama do que é a TAP no Brasil. A TAP opera no Brasil desde os anos
60, numa operação bastante pequena, apenas Rio de Janeiro e Recife.
De 10 anos para cá,
foram quatro executivos brasileiros para Portugal, para a TAP, entre os quais o
Presidente Fernando Pinto, gaúcho de Porto Alegre; Luiz da Gama Mór, de
Cachoeira; depois temos um paulista e um carioca, que é o Manoel Torres e o
Michael Conolly. Esses quatro executivos tiveram a sua trajetória profissional
na Varig e, a convite da TAP, assumiram a diretoria da empresa em Portugal. E
nesses 10 anos, nós saltamos de uma operação de 10, 12 voos por semana, entre
essas duas cidades, basicamente Rio e Recife, para uma operação de 70 voos. Hoje
a TAP é a única empresa estrangeira que opera voos diretos de Fortaleza,
Recife, Natal, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, e
agora, finalmente, Porto Alegre. Por que Porto Alegre? Além de o Estado do Rio
Grande do Sul ser um Estado economicamente forte na Federação, entendemos o Rio
Grande do Sul como um grande
potencial, e Porto Alegre bastante forte para ser a capital do Mercosul, a
porta de entrada do Mercosul.
Acreditamos que a vinda da TAP para Porto Alegre, a partir do dia 12 de
junho, com quatro voos semanais - segundas, quartas, sábados e domingos -,
rapidamente proporcionará voos diários como aconteceu em outras capitais do
Brasil.
Eu iria fazer uma
pequena apresentação; então estou falando mais ou menos de coração, ou seja,
uma conversa, não um discurso pronto, mas uma conversa mais informal, se me
permitam. Quero dizer desta nossa grande aposta, que é vir para o Rio Grande do
Sul. Nunca o Rio Grande do Sul, ou seja, Porto Alegre, teve um voo direto
internacional de longo curso. Houve voos anteriormente para os Estados Unidos,
mas com paragem em São Paulo, se não me falha a memória. Nós vamos ligar
diretamente Porto Alegre a Lisboa; é um voo cuja duração é de nove horas, nove
horas e meia, tanto na ida quanto na volta. De Lisboa, há todo um banco de
conexões que atende a toda Europa e a alguns países da África; porém, nos voos
da Europa que conectam melhor num período entre uma hora e duas horas, o
passageiro que chegar com a
TAP tem à sua disposição toda uma gama de cidades europeias servidas pela TAP,
que, neste momento são 45, se não me falha a memória, ou 50. Portanto, cremos
que é um produto que vai facilitar muito o deslocamento das pessoas que vêm da
Europa para o Rio Grande e que vão do Rio Grande para a Europa.
Esta ligação direta -
eu tive oportunidade de conversar com a Sofia, com o Governador - é um tema que
não se limita ao simples transporte aéreo de pessoas e mercadorias. Temos tido
esta experiência em outras capitais onde iniciamos voos, por exemplo, Fortaleza,
que, quando a TAP colocou os seus voos, teve um movimento bastante forte de
turismo, de europeus indo para lá, mas uma coisa que jamais imaginávamos: houve
um boom de construção naquela Cidade,
ocasionado pelo voo. Como? Foram atraídas as grandes redes hoteleiras
internacionais que construíram os seus hotéis, os seus resorts naquela região, e, além disso, muitos europeus portugueses,
espanhóis e italianos passaram a comprar e a construir, obviamente, casas de
veraneio na região ali do Ceará, perto de Fortaleza, e isso criou um movimento
econômico bastante interessante, assinalado pelos próprios responsáveis
políticos do Estado do Ceará. Cremos que, em Porto Alegre, talvez esse fato não
se repita em termos de construção, etc., mas fatalmente a facilidade de
transporte de mercadorias, de executivos e de turismo vai aumentar bastante.
Portanto, é com muita
esperança que estamos investindo nesse destino e temos certeza de que, com o
apoio do povo do Rio Grande, fatalmente, em pouco tempo, teremos que passar a
ter um voo diário. Esse é o nosso objetivo, esse é o nosso plano.
Não sei se seria
ferir o protocolo, mas, se quiserem fazer algumas perguntas, eu estou à
disposição de todos.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Acho que o
senhor não nos falou, porque está prejudicado pelo sistema, que não se
compatibilizou, sobre quais os dias e horários de voos.
O SR. MÁRIO CARVALHO: A Maria João pode
falar melhor do que eu sobre o horário, mas ocorrem às segundas, quartas,
sextas, sábados e domingos, ou seja, não voamos às terças e às quintas. O voo
sai de Lisboa às 9h40min, chegando aqui às 16h55min.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Convidamos o
Sr. Mário Carvalho a fazer parte da Mesa.
A Srª Maria João
Raupp está com a palavra para dar os dados mais específicos dos voos.
A SRA. MARIA JOÃO RAUPP: A operação
começa no dia 12 de junho; vai acontecer aos domingos e quartas-feiras, com
saída de Porto Alegre às 21h40min, com chegada às 11h05min a Lisboa. E nós
operaremos às segundas e sábados, com saída de Porto Alegre às 19h40min,
chegando a Lisboa às 10h05min. A TAP já programou as conexões, para que se
faça, de vinda da Europa para Porto Alegre, nos primeiros voos, nos primeiros
horários, a primeira onda que temos de distribuição.
E no caso das
conexões do Brasil para a Europa, na segunda ou terceira onda, sempre dentro de
um prazo que não exceda duas, duas horas e meia de conexão.
(Não revisado pela
oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vereadores,
agora vamos disponibilizar tempo para a manifestação por Bancadas, já os
desafiando a pensar em formas de como a Câmara de Vereadores de Porto Alegre
pode fortalecer essa nova ferramenta de interlocução com o mundo.
Informo ao Mário e à
Maria João que nós temos uma Frente Parlamentar do Turismo nesta Casa, composta
pela maioria dos Vereadores e presidida pelo Ver. João Carlos Nedel. Amanhã,
inclusive, há uma atividade da Frente Parlamentar, que tem feito esforços no
sentido da movimentação, da otimização da nossa potencialidade turística.
Então, Ver. Nedel, já estou lhe propondo que coloque este tema em debate na
Frente, para vermos quais atividades que a Câmara pode fazer para a divulgação,
para o estímulo, para que esse voo seja escolhido, inclusive pelo Mercosul,
para ser porta de entrada para a Europa.
O Ver. Haroldo de
Souza está com a palavra.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Primeiramente, quero
saudar carinhosamente o Sr. Mário Carvalho, da TAP, pelo entrelaçamento que
existe entre nós, brasileiros e os portugueses. Eu gostaria de lhe perguntar
que aparelho a TAP vai disponibilizar para esse voo Porto Alegre/Lisboa/Porto
Alegre, que, certamente, vai incrementar o turismo no Rio Grande do Sul.
Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. MÁRIO CARVALHO: O avião usado será o
Airbus 330-200, que é de última
geração; possui 24 lugares na classe executiva e 239 na classe econômica. É um
avião, como eu disse, de última geração, bastante moderno. Operamos também, em
outras cidades brasileiras, com o A-340, que é o modelo anterior; é um
pouquinho maior que esse, possui de 6 a 10 lugares a mais, mas, no caso
específico de Porto Alegre, será o Airbus
330-200, que é mais novo até que o 340.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João
Carlos Nedel, Presidente da Frente Parlamentar do Turismo, está com a palavra.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Eu queria, em
nome da Frente Parlamentar do Turismo - e em nome da Comissão de Orçamento
Finanças e do Mercosul, que é a Comissão Permanente desta Casa, que trata
também do turismo, que Porto Alegre está tentando fortalecer cada vez mais -,
agradecer à TAP esta grande contribuição para o turismo da nossa Capital, do
nosso Estado, do nosso País e também, em retribuição, para também aumentar o
turismo de Portugal. Os nossos sinceros agradecimentos por esta grande
contribuição. Esperamos que os porto-alegrenses, os gaúchos, retribuam com
passagens para Portugal. Muito obrigado. Meus parabéns.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. MÁRIO CARVALHO: Muito obrigado.
Vereador, a Comissão de Turismo pode ajudar bastante em duas vertentes: de
alguma forma se articular para a divulgação de Porto Alegre nos países
europeus, com os seus atrativos de turismo, e, até - por que não? - fazendo um
esforço conjunto de negócios para promover o que Porto Alegre produz ou, de uma
forma mais abrangente, o que o Estado produz. Ou seja, produto e turismo são
duas coisas que podem se complementar. Por outro lado, me surgiu agora: eu me
referi ao fato de Porto Alegre estar fadada a ser a Capital ou a porta de
entrada do Mercosul, e isso será uma oportunidade para que os nossos irmãos que
fazem parte do Mercosul, que estão mais próximos, como o Uruguai, a Argentina,
o Paraguai e até o Chile, tenham atrativos também para que, nessas viagens
deles à Europa, possam passar um dia, dois dias em Porto Alegre, para conhecer
a Capital. São duas vertentes diferentes, mas que fazem todo o sentido para o
turismo. Muito obrigado.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni
Proença está com a palavra.
O SR. TONI PROENÇA: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon, quero cumprimentar o Mário Carvalho e a Maria João Raupp,
Diretores da TAP, e saudar, em nome da Bancada do PPS - em meu nome, em nome do
Ver. Paulinho Rubem Berta e do Ver. Elias Vidal -, essa magnífica iniciativa da
TAP de se instalar na nossa Cidade. Eu tenho certeza de que não só as
atividades econômica e cultural, esse entrelaçamento já existe entre os povos
de Portugal e do Brasil, e, agora, com o povo gaúcho, certamente será muito
maior.
Eu sei que a TAP já
tem essa manutenção aqui, com isso gerando mais de mil empregos diretos; outros
tantos serão criados a partir da operação, com toda essa atividade econômica
que virá, certamente, junto com essa nova operação da TAP.
Sejam muito
bem-vindos, e que a gente receba muitos voos, como disse a Maria João, talvez
diariamente, no futuro. Parabéns.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. MÁRIO CARVALHO: Muito obrigado,
Vereador. Eu acrescentaria mais um pequeno detalhe: o sucesso que esses voos da
TAP vão ter fatalmente vai atrair outras empresas para virem para Porto Alegre.
Isso aconteceu em diversos pontos onde nós começamos, fomos pioneiros em operar
um avião - internacional, neste caso -, e, logo em seguida, em face do sucesso
alcançado, outras empresas acabam por vir. Lógico, isso é bom para a Cidade, é
bom para o Estado. Muito obrigado.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro
Pinheiro está com a palavra.
O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente; Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, em nome da Bancada do Partido dos
Trabalhadores, Sr. Mário Carvalho, eu venho agradecer à TAP a oportunidade
dessa relação estreita com Portugal; nós, que temos uma relação histórica com
Portugal. Para nós, é uma grande satisfação ter este voo direto, agora, de
Porto Alegre para Portugal. Eu, que sou descendente de portugueses - meu avô
veio de lá -, tenho certeza de que ele teve muito mais trabalho para vir de
Portugal até Porto Alegre do que eu terei agora para visitar Portugal. Muito
obrigado, em nome da Bancada do PT.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. MÁRIO CARVALHO: Muito obrigado. Sem
dúvida nenhuma, o tempo se encurta, o momento é outro. Eu acredito que hoje,
para o gaúcho que tenha que sair daqui para se deslocar à Europa e aos Estados
Unidos, é muito mais complicado passar pelo inferno que é aquele aeroporto em
São Paulo, aquele problema todo, climático, etc. Com o voo direto, há um
encurtamento bastante considerável na atualidade e muito mais em relação ao teu
avô, quando ele veio. Muito obrigado.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra.
O SR. AIRTO FERRONATO: Minha cara Presidente Sofia; Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras; nossos ilustres visitantes, Mário Carvalho e Maria João, eu, desde
que ouvi e li que haveria essa viabilidade, hoje concreta, de um voo direto
Brasil/Portugal, logo compreendi a importância e a extraordinária notícia que
era esse acontecimento. E hoje nós estamos aqui recebendo duas ilustres figuras
da nossa TAP, exatamente trazendo essa notícia para nós, como Câmara - e isso
significa trazer essa notícia ao cidadão e à cidadã de Porto Alegre.
Em meu nome e em nome
da minha Bancada - o PSB -, eu quero dizer que concordo, sim, com tudo aquilo
que essencialmente o senhor disse: na verdade, haverá, certamente, um
incremento em diferentes pontas, na econômica e na de turismo. Haverá uma maior
viabilidade de concretude dessa ansiedade que nós temos, como povo gaúcho, que
tem uma bela maioria de origens lá da Europa, e isso vai facilitar enormemente.
Quem ganha é Porto Alegre, ganha a TAP, ganha o Brasil, ganha Portugal, mas
ganha muito o nosso povo de Porto Alegre. É por isso que estou aqui, para
trazer o meu abraço e cumprimentá-los pela iniciativa, pelo que acontecerá e
pelas presenças de V. Sas aqui, na Câmara Municipal.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. MÁRIO CARVALHO: Nós é que
agradecemos; muito obrigado.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro
Zacher está com a palavra.
O SR. MAURO ZACHER: Sr. Mário, Srª Maria;
Presidente Sofia, em nome da Bancada do PDT e dos meus colegas Mario, Luciano,
Tarciso e Thiago, nós também queremos saudar a presença de vocês aqui, mas, em
especial, a vinda da TAP. Talvez, para vocês, seja só mais um novo mercado, mas
eu acho que foi uma semente plantada, importante para o desenvolvimento da
nossa Cidade, e eu tenho certeza de que o mercado gaúcho, em especial o
porto-alegrense, irá se adaptar e acreditar nesse projeto. Eu tenho certeza de
que nós estamos falando aqui de uma iniciativa nova, mas que irá trazer muitos
frutos para a Cidade. E a TAP também irá se adaptar muito bem à nossa Cidade.
Sejam muito bem-vindos, e que vocês possam ter uma parceria muito longa com a
nossa Cidade. Parabéns.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. MÁRIO CARVALHO: Vereador, muito
obrigado. Mas, de qualquer maneira, eu gostaria de reafirmar que não é apenas
mais um mercado: a gente põe muito do coração nisso. A nossa forma de atuar na
divulgação de Porto Alegre é alguma coisa muito importante, com investimentos
pesados. Obviamente, temos que ver o lado comercial da coisa, mas é sempre um
grande prazer, e é com muita emoção que a gente começa a “fechar” o Brasil. De
certa forma, de Fortaleza para cá, em todas as grandes cidades, nós operamos.
Nenhuma empresa brasileira faz isso. E isso nos dá alegria e emoção em colocar
Porto Alegre no mapa mundial. É mais um ponto.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra, e também falará pelo Ver. João Antonio Dib.
O SR. IDENIR CECCHIM: Faço uma saudação aos
representantes da TAP, Mário Carvalho e Maria João Raupp. Eu lembro que, há uns
10 ou 11 anos, eu não sei se foi com a senhora, um avião da TAP desceu aqui em
Porto Alegre. Nós temos a chamada Caravana Gastronômica de Porto Alegre, e, uma
vez por ano, fazemos um jantar dessa confraria no Exterior, e nós embarcamos num
voo da TAP. Houve uma coincidência, e nós fomos...
A SRA. MARIA JOÃO RAUPP: Na realidade, nessa altura, a gerente regional era a D. Eva Boeger.
Mas, sim, lembro-me desse fato.
O SR. IDENIR CECCHIM: E é tão bom ir para
Portugal direto daqui! O senhor falou muito bem: quatro executivos foram para
Portugal trabalhar na TAP, originários da Varig. Assim, eu queria saudar a
feliz coincidência de hoje estarmos votando neste plenário um Projeto de Lei de
minha autoria, que concede o Título de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Luiz da
Gama Mór, que é de Cachoeira - o Fernando Pinto já é porto-alegrense. E pela
TAP ser uma investidora no Município, nas oficinas que eram da VEM, pelos
investimentos que manteve aqui, eu achei que não só pelo voo, mas pelo que a
TAP representa para Porto Alegre, esse título ao Dr. Mór seria uma homenagem,
uma retribuição do povo de Porto Alegre, dando assim as boas-vindas também para
o voo que liga Porto Alegre à Europa.
Então, em nome da
Bancada do PMDB, também, quero dar vivas a essa iniciativa e dar a certeza de
que Porto Alegre também saberá responder pela sua importância econômica e pelos
vínculos que tem com os executivos e com a TAP.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. MÁRIO CARVALHO: Muito obrigado,
Vereador. É uma honra saber que o nosso companheiro e amigo Luiz da Gama Mór,
como mencionei, de Cachoeira, será mais um filho de Porto Alegre. Muito
obrigado.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro
Ruas está com a palavra.
O SR. PEDRO RUAS: Srª Presidente, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras; Sr. Mário Carvalho, Srª Maria João,
Beth Sefrin dos Santos - conhecemos-nos há muito tempo -, quero trazer, em meu
nome e em nome da Verª Fernanda Melchionna, da Bancada do PSOL, os nossos
cumprimentos. Segundo o material que recebemos, este é o décimo destino da TAP
no País. Como Vereador de Porto Alegre, orgulha-nos muito que a Capital do Rio
Grande possa ter esse status do
contato direto com Lisboa nos voo que foram aqui explicitados pelos senhores.
Meus parabéns! Contem conosco; é sempre uma alegria e uma honra muito grande
que a gente possa neste momento ser Vereador e fazer esta saudação. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. MÁRIO CARVALHO: Obrigado, Vereador.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Nós queremos
agradecer, e a Casa se manifesta na sua pluralidade. Todos compreendemos essa
importância. A Cidade já atraiu quatro Fóruns Sociais Mundiais e que está se
colocando para receber o próximo, em 2013, estamos na disputa.
Já recebi uma
comitiva, e teremos uma Tribuna Popular para divulgação - Ver. Tarciso, um dos
nossos máster -, pois vamos receber, em 2013, o Campeonato Mundial de Atletismo
Máster. Segundo as informações que nos foram passadas, serão seis mil atletas
que virão do mundo todo, ficarão aqui 14 dias. Ou seja, vai ser muito mais
fácil ao mundo acessar Porto Alegre. Porto Alegre já tem essa vocação nos
serviços, nos grandes seminários, de atração. De fato, a barreira do transbordo
do centro do País sempre é mais complicada, isso vem fortalecer a nossa Cidade.
A TAP fará um
trabalho de divulgação nas suas revistas de bordo, parece que está prevista
para uma das suas capas, em setembro, a foto de Porto Alegre - o Fernando nos
contou. Haverá uma reportagem não só da Cidade, mas dos roteiros do Rio Grande
do Sul.
Então, há um papel
importante de divulgação da nossa Cidade, portanto de atração cultural,
econômica, de intercâmbio social muito significativo para uma Cidade que quer
ser cosmopolita e manter a sua qualidade de vida, como é o destino que queremos
para a cidade de Porto Alegre.
Fica aqui o desafio
para as nossas Comissões, para a nossa Frente Parlamentar, que, até o primeiro
voo e depois, possam pensar formas de potencializar esse novo instrumento que a
Cidade vai ter. E eu peço que nos encaminhe materiais também, para que cada um
dos gabinetes disponibilize fôlderes dessa possibilidade. Nós recebemos muita
gente, temos muitas relações, somos uma grande ouvidoria da Casa. Muito
obrigada, Maria João; obrigada, Mário Carvalho. Força, sucesso para essa empresa
que está tratando com tanto carinho a cidade de Porto Alegre!
O SR. MÁRIO CARVALHO: Presidente, muito
obrigado; obrigado aos senhores. Eu quero me colocar à disposição para qualquer
iniciativa que a Câmara haja por bem encetar. Estamos sempre abertos, à sua
disposição. Muito obrigado. (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ocorre-me
agora que nós podemos promover - eu conversava com o Ver. Pedro Ruas e era uma
vontade do Ver. Sebastião Melo - uma reunião dos parlamentos da Região
Metropolitana - inclusive está previsto Lei Orgânica das Câmaras Municipais -,
e uma das pautas que nós podemos propor é essa do novo voo. Então, esta
Presidência e a Mesa Diretora vão desencadear esse encontro, porque nós temos
várias pautas que têm que ser compartilhadas: da Saúde à mobilidade urbana.
Estamos com esse desafio, não conseguimos ainda organizar. E a Capital sempre
incide, influencia, lidera o resto do Estado. Eu acho que a Capital tem uma
grande responsabilidade, porque esse voo não é só para nós, é para o Estado do
Rio Grande do Sul. Então, a nossa responsabilidade é auxiliar nesse aspecto
também.
Estão suspensos os
trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os
trabalhos às 14h52min.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 14h55min): Estão reabertos os trabalhos. Pergunto se alguma Bancada quer usar o
tempo de Liderança, senão encaminharemos a Ordem do Dia.
O SR. PEDRO RUAS: Eu lhe peço um
segundo, Presidente, porque estão aqui os representantes da PEC dos
Brigadianos, porque esse registro seria importante na tribuna, mas preciso
pegar o material.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia
Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; meus senhores e
minhas senhoras, que País é este? Aqui diz, com todas as letras (Lê.): “Dilma
não quer aumento do preço da gasolina, diz o Ministro”. Tanto o Ministro
“mantêga” - e eu falo como fala o Senador Roberto Requião, porque, se fosse
Mantega, teria acento circunflexo no “a”. Não tem; então é “mantêga” mesmo -
quanto o Ministro Lobão dizem que o último aumento da gasolina no Brasil foi há
nove anos, mas que os dois Ministros querem aumentar a gasolina, e a Presidente
não quer.
Tanto quanto eu sei, nós vendemos
gasolina para o Exterior, porque toda a gasolina refinada no País é mais do que
suficiente para os veículos que por aí rodam -, e nós a vendemos por um preço
vil, porque não se colocam impostos. Ao mesmo tempo em que o Ministro diz que a
Petrobras é do Governo e dá lucro, diz que tem que aumentar o preço da
gasolina. Agora, enquanto fazem notícias como esta, o preço da gasolina está
aumentando de forma assustadora. E não é só a gasolina, também o diesel, o
querosene e o álcool, todos estão aumentando.
No domingo, eu fui
até Novo Hamburgo e presenciei uma sequência de tabelas de preços em diferentes
postos de combustíveis. Variava, para gasolina aditivada, de R$ 2,72 até R$
3,03, isso porque o Ministro “mantêga” e o Ministro Lobão dizem que a Presidente
Dilma não quer que aumente a gasolina.
Bem, eu abasteço
sempre no mesmo posto de gasolina, até porque, se um dia eu tiver que reclamar
da gasolina, eu sei em qual posto eu abasteci. Há duas semanas, o litro de
gasolina custava R$ 2,79; na semana passada, R$ 2,89; hoje está R$ 2,99, mas o
Ministro “mantêga” disse que a gasolina não aumentou no País.
Aliás, esses dias, o
Ver. Todeschini disse que o preço do diesel baixou, só que ninguém sabe onde é
que baixou. A Petrobras diz que há nove anos não aumenta o preço dos
combustíveis e que precisa aumentar, porque o petróleo, nos Estados Unidos, na
Bolsa de Nova Iorque, estava acima de 120 dólares; agora parece que está
baixando.
Mas nós temos o
Pré-Sal. O Presidente Obama veio ao Brasil para tratar da compra de petróleo do
Brasil, mas se nós, agora, somos austossuficientes em petróleo, por que temos
que pagar tão caro? Até li num dos jornais que a gasolina, no Brasil, é mais
barata do que nos Estados Unidos. Eu acho que é por causa da unidade de medida,
porque no Brasil nós vendemos por litro, e lá eles vendem por galão, e eles
acharam que era a mesma coisa. Só pode ter sido isso, porque a gasolina mais
cara do mundo é a deste País, que está aumentando todos os dias; não é toda a
semana: todos os dias. Enquanto isso, a Presidente diz: “Não quero aumento do
preço da gasolina!” E o aumento do preço da gasolina, consequentemente, gera
aumento de inflação, e não foi só a gasolina que aumentou. Vou dizer de novo:
gasolina aditivada e gasolina comum, diesel, querosene, álcool, todos os
combustíveis dos postos aumentam, no mínimo, semanalmente.
Eu acho que alguma
coisa deveria acontecer, porque isso significa aumento de inflação; aliás, uma
preocupação do Ministro “mantêga” é de que não haja inflação no País, mas
parece que ele não vai conseguir isso aumentando o preço dos combustíveis.
Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro
Ruas está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. PEDRO RUAS: Vereadora Sofia
Cavedon, que preside a Casa e preside a Sessão; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores; público que nos assiste, eu falo aqui em nome da Bancada do
PSOL e, com muito orgulho, em nome da minha companheira Fernanda Melchionna,
para trazer, Presidente Sofia, uma informação, o registro de nossa
solidariedade, da Verª Fernanda e minha, assim como de muitos Vereadores e de
muitas Vereadoras da Casa, para com essa luta dos companheiros trabalhadores da
Segurança no nosso Estado, membros da Brigada Militar. Hoje estão aqui duas
associações: a Associação dos Tenentes e Sargentos da Brigada Militar e a
Associação dos Cabos e Soldados. No plenário, estão conosco Alex Sandro Caiél e
Ricardo Agra, que recebem o nosso abraço e a nossa manifestação. E eles trazem
um documento, um abaixo-assinado, Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, que nos vincula a uma causa extremamente justa, importante e que
faz diferença na vida de cada um de nós, da sociedade que representamos, para
além de Porto Alegre, em todo o nosso Estado, que é a chamada PEC brigadiana, a
mudança da Constituição Estadual que vai estabelecer um piso para o brigadiano,
para a brigadiana, vinculado, em termos de reajuste e de valor, ao piso que têm
os coronéis da Brigada Militar. Por que isso faz tanta diferença? Ao longo da
nossa história mais recente, nós temos uma circunstância que é absolutamente
inexplicável: das 27 Unidades da Federação, 26 Estados membros e o Distrito
Federal, nós somos a quinta economia do País, e nós somos o pior ou o segundo
pior soldo de Polícia Militar de todo Brasil. Isso é inexplicável e
absolutamente inaceitável! Qual é a justificativa para uma circunstância como
esta? Como é que nós, gaúchos, temos, na nossa Brigada Militar, soldos tão
baixos, que chegam a ficar nos menores patamares da Federação brasileira,
enquanto outros Estados que têm economias muito menos capazes, do ponto de
vista do desenvolvimento, conseguem ter soldos bem superiores.
Eu quero dizer que,
no ano passado, todos os candidatos ao Governo apoiavam essa PEC dos brigadianos,
todos apoiavam. Eu sei que lá, na Associação dos Tenentes e Sargentos e na dos
Cabos e Soldados, Ver. João Dib - eu lá estive, com a Verª Fernanda Melchionna,
com a Luciana Genro, muitas vezes -, todos estavam lá, em alguma data. Estamos
em abril de 2011, e esses trabalhadores e trabalhadoras da Segurança, fardados
ou não, continuam com as mesmas necessidades, Ver. Cecchim, mas agora já não
são tão lembrados. Então, nós precisamos, Verª Maria Celeste - que tem uma
sensibilidade elevada para essas causas -, desse abaixo-assinado, constando o
apoio dos Vereadores, dos Partidos que representam, para que a sociedade saiba
que nós, que temos um mandato, uma representação popular, somos sensíveis, sim,
Caiél, Agra, a essa demanda de vocês. Na verdade, mais do que isso, temos um
verdadeiro compromisso com a Segurança pública, é verdade, mas também com as
condições de trabalho e de dignidade que os trabalhadores, os operadores da
Segurança precisam ter para fazer o trabalho que nós queremos e exigimos.
Um dia desses, desta
tribuna, eu falei da violência sofrida por alguns moradores da Lomba do
Pinheiro, entre eles a Verª Maristela Maffei. E falamos, inclusive, com relação
à Brigada Militar, ou seja, nós temos isenção: quando é para criticar, nós
criticamos, mas essa causa é justa; esse pleito, absolutamente necessário, tem
o nosso integral apoio, a nossa dedicação e, com certeza, em todos os momentos,
o nosso ombro amigo para a mesma luta. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos
Todeschini está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, Ver.
Sofia Cavedon; Vereadores e Vereadoras, a Bancada do Partido dos Trabalhadores
concedeu-me esta Comunicação de Líder, por meio do nosso Líder, Ver. Mauro
Pinheiro, para que eu debatesse aqui o conteúdo da manifestação do Ver. João
Antonio Dib. Ele falou sobre a questão do preço dos combustíveis, sobre a
preocupação de que seu aumento poderá gerar inflação. Acho que a sua preocupação
é bastante justa, mas cabe aqui trazer à luz a realidade dos fatos, porque, em
muitas coisas, ele tem razão, e acontecem; mas, em outras tantas, não. Tem que
saber o que é da natureza, o que é fundamentado e o que é especulação e
oportunismo por parte do comércio varejista, principalmente dos combustíveis.
Ver. João Antonio
Dib, no domingo, eu estava caminhando na orla de Ipanema e encontrei o
Engenheiro Vicente Rauber, que é o atual Diretor Comercial da Refap,
responsável pela comercialização, preço e distribuição dos combustíveis em todo
o Rio Grande do Sul e em boa parte ou, talvez, em toda Santa Catarina, e fiz a
mesma cobrança a ele, que me esclareceu que a Petrobras não aumentou um único
centavo nos últimos anos, inclusive neste momento; portanto, não há aumento de
preço dos combustíveis por conta do Governo, por conta da nossa Petrobras. O
que é real é que a legislação brasileira diz que a nossa gasolina tem que ter
uma mistura com um percentual entre 23% e 27% de álcool. E o álcool, sim, está
com o preço aviltado por dois motivos. Primeiro, porque estamos na entressafra,
tem chovido demais, e a nova safra de álcool não entrou no mercado, ela deverá
entrar no mês que vem; portanto, haverá uma redução do preço do álcool, o que
interferirá na gasolina. E o segundo motivo: o mercado do açúcar mundial está
superaquecido, como é o caso, que eu já debati nesta tribuna, da
responsabilidade de a Índia ser um exportador de açúcar e pela crise de água
por que passa esse país, cada vez em grau mais agudo, porque a Índia esgotou
todos os lençóis freáticos, os lençóis superficiais, os lençóis intermediários
e, inclusive, o lençol fóssil, e não pode mais produzir açúcar, passando de
exportadora à importadora. Portanto, existe uma elevação muito, muito forte do
preço do açúcar no mercado internacional, açúcar commodity, como
alimento. Essa é a explicação. Agora, é preciso encontrar uma solução para
isso, porque não é intenção que isso aconteça, e o Governo sabe dos riscos
inflacionários que significaria aumentar a gasolina, das dificuldades e daquilo
que pesa no bolo de cada um, pois nós temos toda uma economia que, de modo
equivocado, é movida sobre rodas.
Então, eu venho
trazer esses esclarecimentos, meu caro Ver. João Antonio Dib, sobre como está,
de fato, a situação. Se não houver mais aumento no preço do petróleo, ou se o
preço internacional paralisar, ou até recuar, como aconteceu no dia de hoje,
não haverá aumento da gasolina ou da mistura das várias naftas - nome técnico
correto - que compõem a gasolina. Agora nós temos um problema muito sério, que
é a questão do álcool, com um agravante: além desses fatores, empresas
norte-americanas estão se apropriando, estão adquirindo o controle das maiores
refinarias e produtoras de álcool do Brasil. Esse, sim, é um problema, porque
nós tínhamos um produto que seria genuinamente nacional e que, dessa forma,
está perdendo autonomia e está influenciando de modo negativo para o conjunto
da sociedade.
Obrigado pela
atenção.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Engenheiro Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela
oposição.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª
Presidente, Verª Sofia Cavedon; prezados colegas Vereadores, Vereadoras;
senhoras e senhores, quero tratar de um tema que é muito importante e
necessário para a cidade de Porto Alegre, que diz respeito à qualificação do
sistema do transporte público lotações.
Ontem, na CUTHAB, com
a Presidência do Ver. Pedro Ruas e com a presença de alguns colegas Vereadores,
fizemos um amplo debate sobre esse tema dos lotações para a Zona Sul. Quando eu
falo Zona Sul, leia-se Restinga e Extremo-Sul, que são as duas únicas regiões
da Cidade que ainda não possuem o sistema de lotações. E, nesses dois mandatos,
nós estamos trabalhando com uma frequência semanal sobre esse tema. Quero
aproveitar para cumprimentar a Gringa, que está aqui, que é a coordenadora do
Fórum de Planejamento da Região Sul, e registrar o que registrei ontem na
Comissão.
Infelizmente, no
período da gestão do Secretário Senna, o diálogo esteve fechado para que nós
pudéssemos construir. Com a mudança do Secretariado, tanto o Secretário Botin
quanto o Secretário Cappellari abriram essa discussão e fizeram uma primeira
ação, que foi o prolongamento dos lotações dos bairros Ipanema, Guarujá, até o
bairro Hípica, que é um bom serviço, mas ainda insuficiente para atender toda a
demanda da região. E esse debate tem provocado, em Porto Alegre e aqui nesta
Casa, um conjunto de esforços para que nós possamos enfrentar o problema. Nós
elaboramos um Projeto de Lei, no final do ano passado, Dr. Elói, que está
parado na CCJ, já com todos os prazos vencidos, e que nós gostaríamos de
debater em todas as Comissões, que cria oficialmente as linhas de lotação para
os bairros Hípica, Restinga Nova e Restinga Velha. E aqui faço um registro:
existe um Projeto de Lei, de 1998, do Ver. Reginaldo Pujol, que já trata desse
tema, bem como cria a linha de lotação para os bairros Lageado, Lami e Belém
Novo.
Para nossa surpresa
positiva, chegou a esta Casa, por iniciativa dessa movimentação toda, um
Projeto de Lei do Executivo que reformula o sistema de táxi-lotação,
determinando que, para expandir novas linhas, para que haja novas licitações,
tem que percorrer uma agenda, principalmente a ATL: formar os consórcios,
trabalhar na planilha ou na câmara de compensação com o sistema de ônibus
também. Esse é o debate, importante, que vem para cá, mas o Projeto de Lei do
Executivo não resolve objetivamente a criação dessas linhas para esses bairros
citados. Nós queremos manter esse debate, fazer esse diálogo, e aqui aceno,
sim, para o nosso Líder do Governo, Ver. João Antonio Dib, pois essa agenda,
precisamos percorrer. No debate que temos feito, todos - a comunidade e o setor
dos empresários - querem enfrentar e se colocam à disposição para resolver esse
problema.
Portanto, eu falo em
nome das Bancadas de oposição, mas creio que também por muitos outros colegas
Vereadores, pelo compromisso que devemos ter em relação ao tema. E os lotações
não concorrem com o ônibus, como muitos dizem; os lotações retiram os
automóveis das ruas, e isso é uma medida corretiva e preventiva, para que
possamos desafogar o trânsito da cidade de Porto Alegre.
Quero registrar que
já há uma Emenda do Ver. Tarciso Flecha Negra, que propõe a criação de uma
linha, também, para o bairro Campo Novo, Bairro que acabamos de aprovar nesta
comunidade. Esse debate iniciou, não está acabado, e nós precisamos, sim,
reforçá-lo, pois esse é um tema sobre o qual precisamos nos debruçar aqui.
Concluo, Ver. Dib e
todos os colegas, dizendo que amanhã, aqui nesta Casa, às 14h, estará o
Secretário Nacional de Mobilidade Urbana, que vem para apresentar os projetos
do Governo Federal, os que já incidem sobre Porto Alegre e os que poderão
incidir. Por isso, junto com a Presidência e os demais colegas, nós construímos
esta agenda importante, para que Porto Alegre possa se debruçar sobre os
projetos e fazer com que eles andem o mais rapidamente possível e com o
controle social.
Muito obrigado, Srª
Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; meus senhores e
minhas senhoras, transporte coletivo, transporte público, é um assunto da mais
alta relevância para qualquer Cidade. Quando falta o transporte, a Cidade para;
ninguém consegue fazer uma greve geral se não parar o transporte coletivo -
essa é uma regra. A outra regra é que transporte deve ser fruto de
planejamento, fiscalização e tarifa justa. Eu vejo muita gente pedindo lotação
para o Belém Novo, para o Lami, para a Restinga. Acho justo que se peça; agora,
é preciso que se entenda que a tarifa não vai ser a mesma que aí está, para os
outros lotações. Por isso eu já havia sugerido que as próprias empresas que
transportam em ônibus, fizessem o transporte seletivo, que teria a capacidade
de transportar um maior número de passageiros e diluir o custo dentro dos seus
próprios serviços. Acho que o lotação de 21 lugares para a Restinga, ou para a
Hípica, ou para Belém Novo, vai custar bem mais do que aquilo que está custando
hoje o lotação, que é mais ou menos 10% mais do que a tarifa do ônibus, que é
R$ 2,70. Então, há uma dificuldade grande.
Agora, todo mundo
fala sobre transporte, e eu, até hoje, não entendi - já disse cinquenta vezes -
que não exista lei que proíba aumentar o número de lotações na Cidade. São 403
lotações na Cidade, e já informei à Secretaria de Transportes que foi uma
decisão do Secretário João Antonio Dib, que mandou parar quando entraram 403
lotações - que eram Kombi, depois foram transformados em microônibus -, mas o
Decreto que determinava a criação de lotações, em razão de uma lei que foi
mal-interpretada, dizia 740 lotações.
Então, não sei por
que tanto se debate o assunto! Tantas leis são feitas em cima de itinerário de
ônibus, e isso não é certo. No meu entendimento, transporte é uma coisa que o
povo - não é a lei - determina. Não adianta fazer lei mandando para cá ou para
lá, se não considerar os três pontos que são importantes: planejamento,
fiscalização e tarifa justa. Eu acho que isso está sendo esquecido. Todo mundo
fala de transporte, como todo mundo fala de futebol, mas o transporte é uma
coisa muito sensível e que tem que ter um equilíbrio permanente entre os três
itens que eu citei. É bom considerar que isso é a vida do transporte urbano,
transporte público, e é por isso que não se bota mais táxi sem mais nem menos.
Para um número “x” de habitantes, há um número de táxis que são capazes de
fazer o atendimento, e não se pode ir colocando mais e mais, porque, de
repente, deteriora tudo.
Portanto, acho que
tem que ser bem pensado. Eu não conheço o Projeto que dizem ter dado entrada na
Casa. Pedi que me conseguissem uma cópia, para que eu pudesse falar com mais
conhecimento de causa, mas eu não me esqueci daquilo que aprendi durante os
anos que passei na Secretara de Transporte como Assistente Técnico e como
Secretário! Acho que transporte é algo muito sério, muito importante e que
precisa ser muito bem estudado. Penso que o Dr. Senna deixou algumas dúvidas
para todos nós. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Nilo
Santos está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; senhores e
senhoras, nesta tarde, quero trazer algumas sugestões para o nosso Executivo,
Ver. Tarciso, para que possamos, então, combater algumas dificuldades que
temos, principalmente na nossa zona central, e, de forma preventiva, também na
nossa periferia. A minha sugestão em relação a esses grandes empreendimentos
executados na nossa Cidade e que trabalham com compensações, Ver. João Dib, é
que essas compensações sejam feitas também na área social.
Os grandes
empreendimentos instalam-se na Capital, e, como compensação, asfaltam uma rua,
abrem uma praça; esse é o tipo de compensação mais utilizado. Por que não
compensar com programas de combate à miséria, programas que atuem na retirada
das pessoas que moram nas ruas? Por que não compensar cadastrando essas
escolinhas que há na periferia, lá na vila, antes que essas crianças saiam de
lá e venham para o Centro ou que cometam pequenos delitos? Por que não
compensar patrocinando essas escolinhas de futebol? Muitas vezes, lá na
periferia, há um cidadão que monta uma escolinha de futebol para que a gurizada
não vá para a droga, mas não tem condições de patrocinar. Por que esses grandes
empreendimentos não patrocinam esse tipo de projeto?
Compensação apenas
com pavimento, com praça, isso é bom; é claro que é bom, mas isso não resolve o
nosso maior problema, hoje, na Cidade. O maior problema hoje, senhoras e
senhores, não é uma rua de chão batido, Ver. Tarciso, são as crianças que moram
embaixo dos viadutos, são as pessoas que vivem nas sinaleiras, são as pessoas
que vivem e dormem na calçadas do Centro, do Bom Fim, do Menino Deus, da Cidade
Baixa. Esse é o nosso maior problema! Nós não vamos morrer porque a rua não
possui asfalto, mas, certamente, algumas dessas pessoas, no próximo inverno,
morrerão por falta de médico, por falta de atendimento. Por quê? Porque o Poder
Executivo não possui braços suficientemente grandes para atender a nossa
demanda. Mesmo o Secretário Kevin Krieger diz que nós
temos em torno de 1.090 pessoas que circulam na região central, noite e dia.
Deveria haver alguma compensação por parte dos grandes empreendimentos, algum
compromisso social!
Queremos,
sim, o progresso, Ver. DJ Cassiá, que é representante da periferia. Por que
não, como compensação, um apoio à cultura popular? Não estou falando daquela
cultura que proporciona propaganda na RBS, que dá retorno para quem patrocina.
Estou falando de uma compensação, sim, mas na cultura popular, naquela oficina
que é oferecida, Ver. Oliboni, dentro da comunidade mais pobre da nossa Cidade.
Compensação, sim, mas uma compensação que destine um percentual para o trabalho
social, uma compensação que seja voltada para o trabalho social, não de grandes
ONGs, mas de pequenas ONGs; não de ONGs poderosas, mas de ONGs que não tenham o
suporte financeiro do Governo; compensação lá na periferia, antes que estoure
lá e venha, então, ocasionar problema no Centro da Cidade.
Fica essa
sugestão ao nosso Poder Executivo, Ver. Mario Manfro. Conto com o apoio de
todos os Vereadores para que possamos transformar essas compensações em
compensações sociais. Obrigado, senhoras e senhores.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. AIRTO FERRONATO: Srª Presidente, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, eu recebi um documento agora e este
documento é do Pronasci - Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania.
Segundo esse documento, nós temos um recurso na ordem de R$ 1.462.500,00,
destinado a um projeto na Praça da Juventude, ali na Vila Bom Jesus. Aliás, é a
praça onde Lula esteve quando em Porto Alegre, em 2008, e essa verba está na
Prefeitura de Porto Alegre desde 2009! Repito: R$ 1.462.500,00! E a comunidade
da Vila Bom Jesus, que dele precisa, deve estar preocupada pelo seguinte: esse
recurso, esse projeto, tinha prazo de execução até 31 de dezembro de 2010 e foi
prorrogado para o dia 30 de abril de 2011. Faltam apenas menos de duas semanas,
e, ao que me consta, ainda não foi elaborado o projeto para a Praça da
Juventude!
Nós temos uma semana
e alguns dias para esgotar o prazo, e eu ainda vou dar um conselho: sigam o meu
exemplo lá no DEP. O bom administrador executa, mas ele precisa pensar no
futuro estratégico da Cidade, fazer, elaborar projeto, e esse projeto não está
ainda elaborado. Repito: faltam poucos dias, e aqui estou eu, falando o que me
falaram. Tomara que eu esteja enganado, porque me parece que o processo para o
projeto foi remetido à SMOV nesses últimos dias, e, se isso procede, é muito
difícil que a SMOV, em pouco mais de uma semana, possa elaborar esse projeto. E
se isso não vir acontecer, a Praça da Juventude, na Vila Bom Jesus, perderá
ações e obras na ordem de R$ 1.462.500,00, o que seria uma lástima, meu caro
Ver. Todeschini. O porquê, efetivamente, disso é que, se o Projeto ainda não
está elaborado, se o prazo final é o dia 30 de abril de 2011, estou aqui
clamando para que a Prefeitura faça um esforço concentrado e elabore esse
projeto, para que se possam liberar esses recursos que estão à disposição na
Prefeitura de Porto Alegre desde 2009. Era isso, obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luciano
Marcantônio está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. LUCIANO MARCANTÔNIO: Obrigado,
Presidente Sofia; colegas Vereadores; cidadãos, cidadãs presentes aqui na Casa,
hoje, pela manhã, recebemos a visita do Prefeito Fortunati e da Primeira-Dama
Regina, quando foi encaminhado e dialogado com os Vereadores presentes o
Projeto de Lei do Executivo propondo a criação da Secretaria Especial dos
Direitos dos Animais. Nós sabemos o quanto o Prefeito Fortunati e,
principalmente, a Primeira-Dama lutam por essa causa há muitos e muitos anos.
Existe uma parcela imensa da sociedade porto-alegrense que, há muito tempo,
também está extremamente angustiada pela falta de políticas públicas visando à
proteção e defesa dos animais. Eu tenho certeza de que a Primeira-Dama Regina,
por ser uma pessoa conhecedora, estudiosa e apaixonada por esta bandeira tão
importante, que é lutar pela defesa dos animais, e aí envolve desde a questão
da Saúde, a questão do ambiente, e vai desde o cachorro à questão do cavalo; e
vamos entrar no assunto também da inclusão dos carroceiros e carrinheiros. Ou
seja, essa Secretaria é extremamente estratégica, e esta Secretaria vai ao
encontro de uma grande parcela da nossa sociedade, que se sente refém de uma
situação, onde observa os maus-tratos ao cavalo, os maus-tratos aos cachorros,
os maus-tratos aos outros animais, mas não vê, por parte da área pública e da
iniciativa privada, e da própria sociedade civil, ações que possam reverter
esse quadro.
Então, o protagonismo
da Regina, através dessa atitude, dessa coragem de propor a criação dessa
Secretaria, com certeza irá contribuir muito para que nós tenhamos aqui em
Porto Alegre uma sociedade e uma Cidade melhor, porque nós sabemos o quanto se
medem os valores éticos e morais de uma sociedade pela forma como ela trata o
seu meio ambiente. E é por isso que, da parte da Bancada do PDT e de muitas que
se manifestaram hoje, pela manhã, a expressiva maioria, Ver. Mario Fraga, Ver.
Thiago Duarte e tantos outros que se posicionaram, nós vamos debater o Projeto,
vamos dialogar com os movimentos sociais, dialogar com a sociedade civil, mas
eu tenho a certeza de que esse Projeto, quando for aprovado nesta Casa, estará
consolidado por esse diálogo, e nós teremos uma Secretaria, que não será uma
Secretaria isolada, encastelada, mas uma Secretaria que vai fazer, além de uma
transversalidade com todos os setores do Governo Municipal, uma Secretaria
também que vai trabalhar ao lado, principalmente, das organizações não
governamentais, das associações, que tanto e tanto lutam em defesa dos animais
e que se sentiam, até hoje, reféns por falta de condições de solucionar ou por
falta de condições de ser parceira de um governo que tivesse coragem de
solucionar. E essa coragem é o que não falta para o nosso Prefeito Fortunati, e
é o passo que se deu hoje, através do encaminhamento desse Projeto de Lei, que
é muito importante para que tenhamos, na cidade Porto Alegre, uma sociedade
cada vez mais civilizada. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h40min): Havendo quórum, passamos à
O Ver. Beto Moesch
solicitou que votássemos, em primeiro lugar, os Requerimentos constantes da
priorização da Ordem do Dia de hoje. Em votação o Requerimento de autoria do
Ver. Beto Moesch. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
REQ. Nº 018/11
– (Proc. nº 1294/11 –Ver. Beto Moesch) – requer seja o período de Comunicações do dia
25 de abril destinado a assinalar o transcurso dos 40 anos da Associação Gaúcha
de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN).
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o
Requerimento nº 018/11, de autoria do Ver. Beto Moesch.
A Verª Fernanda
Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
018/11.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª
Presidente, Verª Sofia; colegas Vereadores, Vereadoras, eu queria me dirigir ao
Ver. Beto Moesch e falar da importância da homenagem a uma instituição que tem
40 anos de história sobre a proteção do ambiente natural da cidade de Porto
Alegre. Evidentemente, votaremos favoravelmente, eu e o Ver. Pedro Ruas, pela
Bancada do PSOL, ao seu Requerimento, mas gostaríamos de registrar o nosso
apoio e a nossa combinação de várias lutas em defesa do ambiente natural junto
à Agapan, na cidade de Porto Alegre.
Recentemente tivemos
a luta contra o Pontal do Estaleiro, e a Agapan esteve junto, do início ao fim,
com várias outras entidades de ambientalistas, dos ecossocialistas, dos
estudantes, e estivemos em Porto Alegre lutando pela manutenção do que diz a
legislação no que compete ao espaço do Pontal do Estaleiro, combatendo a
privatização da orla do Guaíba, combatendo a lógica do aproveitamento dos
espaços na orla do nosso rio para o lucro da especulação imobiliária e a
redução da área de preservação permanente na orla dos rios. A Agapan foi uma
das entidades que estiveram nessa luta.
Isso, certamente, nos
remete à importância da Audiência Pública que ocorrerá amanhã, na Câmara de
Vereadores, a respeito do Código Florestal Ambiental. Lamentavelmente, o
relatório apresentado pelo Deputado Federal Aldo Rebelo é um acinte. Na
verdade, é o relatório da motosserra que diminui em metade a área de
preservação em volta dos rios; interfere na legislação ambiental brasileira, na
legislação ambiental de preservação de orlas internacional, que prevê também a
preservação dessas áreas, ao mesmo tempo em que garante, por incrível que
pareça, uma anistia àqueles que cometeram crimes ambientais até julho de 2008.
Então, é uma vergonha! Aqueles que depredaram, destruíram a natureza serão
beneficiados, serão premiados. Por isso nós faremos uma Audiência Pública,
amanhã, na Câmara Municipal, às 19 horas, para discutir o tema. O Ver. Pedro
Ruas e eu temos uma Moção de Repúdio ao Relatório do Dep. Aldo Rebelo, que
esperamos seja aprovada por unanimidade nesta Casa, porque os Vereadores não
podem compactuar com os prêmios para os grandes destruidores da natureza
brasileira.
(Não
revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos
Todeschini está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº
018/11.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente,
Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; Ver. Beto
Moesch, proponente desta homenagem ao 40º aniversário da Agapan, quero fazer o
nosso reconhecimento pela lembrança e também percorrer um pouco os caminhos da
importância da liderança do movimento ambiental no Rio Grande do Sul.
Quando estamos
discutindo este tema, me vem à memória, muito fortemente, a figura de José
Lutzenberger, que foi o pioneiro e uma figura marcante na questão da retomada
da luta ambiental, da preservação do meio ambiente, especialmente no
pós-revolução verde, que preconizava, recomendava o uso intensivo de insumos e
adubos e, em especial, de agrotóxicos na agricultura. Isso causou danos
irreparáveis para a sociedade, para muitos indivíduos. Muitas doenças, como o
câncer, foram provocadas pelo uso indiscriminado de agrotóxicos. Mas a luta da
Agapan, a luta de Lutzenberger, colocou um marco importante nessa direção. É
verdade que tivemos muitos avanços, mas nós temos também retrocessos, Verª
Fernanda, como esse que a senhora acabou de mencionar, que, de um lado, a
burocracia tem tido enorme dificuldade para tratar os assuntos na questão
ambiental - e temos que reconhecer que há esse problema -, mas, de outro, tem
havido uma premiação para aqueles que devastam, para aqueles que não seguem a lei,
porque muitas áreas foram desmatadas criminosamente, e, agora, o Projeto de Lei
propõe uma anistia a esses. Nós somos contrários a isso. Nós defendemos a
aplicação das leis e também o cumprimento das leis, quer por parte dos
governantes, quer por parte da cidadania. E me parece que esse espírito tem que
ser resgatado. Seguindo a boa técnica, seguindo as leis e o respeito à
natureza, nós podemos avançar muito. Evidentemente exageros e espertezas não
devem fazer parte dessa agenda política. Eu falo disso, porque, de um lado,
também, há aqueles que extrapolam as questões do poder, não permitindo que as
coisas sejam feitas sequer dentro da lei. De outra parte, há os que cometem
crimes ambientais que prejudicam a natureza e que comprometem o ambiente sadio.
Por isso, é muito
oportuno saudar essas quatro décadas, esses 40 anos da Agapan, uma entidade
modelo e referência, que produziu aqui o pioneirismo de uma cultura de
tratamento, de liderança, de vanguarda das questões ambientais para o Rio
Grande e também para o Brasil.
Então, Ver. Beto,
estaremos aqui para reforçar também esse marco, porque da questão ambiental
também depende todo o futuro da humanidade. Um grande abraço a todos!
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói Guimarães
está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 018/11.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidente,
dispensável, óbvio, o encaminhamento, mas ele se concretiza pela oportunidade e
pelo momento em que vivemos, diríamos, até, momentos de sobressalto mundial
quando os sismos, tsunamis e toda
ordem de erupções da natureza demonstram ao mundo, aos homens e às mulheres,
evidentemente, o que se produziu em termos de desequilíbrio ecológico, de
desequilíbrio do meio ambiente.
A Agapan, em seus 40
anos, teve papéis extraordinários na luta, em Porto Alegre, no Rio Grande do
Sul, pela defesa do meio ambiente. Lembro-me - e aqui o Ver. Todeschini já fez
referência - da figura imortal de José Lutzenberger, que, pelo seu gênio, pelo
seu feitio de homem de coragem, de homem irreverente - era imprescindível se
fazer irreverente -, lutava, e lutavam todos, contra a instalação das usinas e
de todo o processo atômico, energético, no sentido de não se fazer uma
alternativa energética através das usinas atômicas, nucleares. Então, foi toda
uma luta! E agora acompanhamos, não faz muito, no Japão, toda essa ameaça
mundial.
Então, eu acho que
esta Sessão, esta homenagem veio exatamente, Ver. Beto Moesch, no momento
oportuno para que se reafirme a necessidade da defesa do meio ambiente, porque
o homem, a questão da bomba atômica, por exemplo, o próprio Japão esqueceu da
bomba atômica, que foi quem pagou o maior preço por esta, o mundo esqueceu.
Então, através das usinas nucleares, está colocada para o mundo esta ameaça
constante, em face das erupções da natureza, que, talvez, tenham causas também
nisso, mas o certo é com base no desequilíbrio ecológico, no desequilíbrio
ambiental.
Então, fica aqui a
nossa manifestação, dispensável, mas, pela oportunidade, se impõe que se faça
uma homenagem e que se provoque a sociedade como um todo para a defesa da
própria vida, quando se fala em ecologia, quando se fala em meio ambiente e na
defesa da própria vida. Obrigado, Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o
Requerimento nº 018/11 (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram (Pausa.) APROVADO.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
REQ. Nº 019/11
– (Proc. nº 1316/11 – Ver. Idenir Cecchim) – requer a realização de Sessão Solene, no
dia 10 de maio, às 15 horas, destinada a assinalar o transcurso dos 63 anos de
independência do Estado de Israel.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o
Requerimento nº 019/11 (Pausa.) O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 019/11.
O SR. PEDRO RUAS: Verª Sofia Cavedon,
que preside a Casa e a Sessão; Vereadores, Vereadores; público que nos assiste,
a Bancada do PSOL, através de mim e da Verª Fernanda Melchionna, tem, neste
caso, uma posição bastante crítica em relação à forma pela qual se expressa, na
região, o Estado de Israel.
E aqui eu faço este
registro, Ver. Idenir Cecchim, com o maior respeito por V. Exª, Vereador sério
e de trabalho, e a proposta é séria, e eu tenho certeza de que a proposta do
Ver. Cecchim diz respeito e tem relação com a conquista histórica, que é a
criação do Estado de Israel. É uma conquista histórica do povo judeu, sim.
O PSOL combate o
antissemitismo, mas também combate o sionismo. A nossa posição é uma posição
que tem, no plano internacional, uma solidariedade com os povos, com a sua
capacidade e necessidade de afirmação e com a criação do Estado Palestino, sem
excluir, Ver. Dib, o Estado de Israel - sem excluí-lo. Mas, se nós pegarmos os
últimos anos, a atuação do Estado de Israel dos últimos anos, nós não temos
condições, respeitosamente, de votar a favor dessa homenagem. Não temos
condições.
Eu via, há pouco
ainda, relembrando em anotações minhas, uma famosa reunião de 2009, entre a
ex-Chanceler Tzipi Livni, do Estado de Israel, com a ex-Chanceler Condoleezza
Rice, dos Estados Unidos, quando decidiram, as duas Chanceleres, quantos ainda
poderiam morrer na Faixa de Gaza, ou seja, que tempo duraria a ação do Estado
de Israel. É inaceitável! É inaceitável! Não pode haver uma reunião de dois
Estados soberanos, poderosos - o Exército de Israel é o quarto, em poder, no
mundo -, com os Estados Unidos, que são o primeiro, para decidirem quantos
ainda vão morrer, inclusive impedindo a ajuda internacional de remédios,
alimentos e roupas, por navios, abordando esse tipo de navio, que tinha
representantes da Cruz Vermelha!
Nós temos uma posição
muito crítica com relação a essa exteriorização do Estado de Israel na região e
no mundo. Respeitamos a conquista histórica, respeitamos o Requerimento do Ver.
Cecchim, particularmente o próprio Vereador, mas, com a posição que temos, de
defesa do povo palestino, de solidariedade com o seu sofrimento - absoluta
solidariedade -, nós, respeitosamente, não temos condições de votar a favor
deste Requerimento. Votamos contra e explicamos aqui os motivos.
Eu quero dizer que
votamos, inclusive, a favor do Projeto que criava a disciplina obrigatória de
ensino do holocausto nas escolas municipais de Porto Alegre. Votamos a favor.
Eu estive - que eu me
lembre, só eu -, agora, nesta semana, recebendo os Vereadores Mirins do Colégio
Israelita, aqui na sala da presidência; com muito orgulho, falei aos Vereadores
Mirins - Verª Fernanda Melchionna - falei, é uma iniciativa muito importante da
nossa Câmara, que nós não confundimos as coisas; ao contrário, separamos bem a
solidariedade, as causas legítimas do povo judeu, da nossa crítica à
existência, à forma, melhor dizendo, da existência atual do Estado de Israel.
Defendemos que deva haver, sim, o Estado de Israel, mas condenamos
veementemente a sua política externa - veementemente! -, com mortes,
sofrimento, fome, miséria do povo palestino. Isso é o que justifica o nosso
voto contrário ao Requerimento. Eu repito: respeitando as posições em
contrário, o PSOL tem um compromisso internacional de solidariedade com os
povos oprimidos, onde se destaca, neste momento, o povo palestino.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 019/11.
O SR. IDENIR CECCHIM: Srª Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, se há uma coisa que eu respeito é a liberdade.
Liberdade talvez seja o maior patrimônio que um homem possa ter; a liberdade de
expressão, a liberdade de opinião, e a liberdade de defesa das suas ideias são
inerentes a um homem inteligente como o Ver. Pedro Ruas com o pronunciamento
que fez agora. Apenas quero dizer que nós queremos homenagear a data de criação
do Estado de Israel, a conquista, a assinatura, quando o Secretário da ONU era
um gaúcho, Oswaldo Aranha. Até por isso, Ver. Pedro Ruas, eu acho que nós
sempre devemos lembrar dessa data, para que cada gaúcho se sinta orgulhoso de
ter um outro gaúcho participado da conquista de um povo - eu gostaria muito e
ficaria muito feliz se fosse gaúcho ou brasileiro ou qualquer homem desta terra
que conseguisse fazer a criação do Estado da Palestina. Por isso, sim, tenho
certeza de que eu e V. Exª subiríamos à tribuna num microfone só para fazer
essa comemoração.
Então, quando nós
queremos homenagear a criação do Estado de Israel, nós estamos dizendo: nós
somos a favor da autodeterminação dos povos e, principalmente, do direito de
terem sua pátria - a pátria que os judeus tiveram com a criação do Estado de
Israel, e esperamos que a Palestina também tenha.
Quero dizer que fui a
um jantar da Autoridade Palestina há um ano e meio, do Sr. Abbas, que defende a
paz e que quer a paz. E ninguém concorda, nem o povo judeu, com a violência que
é praticada, muitas vezes, por radicais dos dois lados. E nós, aqui, temos a
obrigação de saudar a paz.
Podem ter certeza,
Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, que queremos propor aqui uma
saudação à criação de um Estado e, principalmente, fazer um pedido para que se
faça isso com todos os povos, sejam eles judeus, palestinos, árabes, africanos,
sul-americanos, que têm o direito a ter a sua pátria. Nós não queremos pessoas
com passaportes emprestados. Acho que todo cidadão do mundo tem o direito a ter
o seu passaporte, seu hino, sua terra e orgulho do seu território e do povo ao
qual pertence. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, por solicitação da Verª Fernanda Melchionna, o
Requerimento nº 019/11, de autoria do Ver. Idenir Cecchim. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 21
votos SIM e 02 votos NÃO.
DISCUSSÃO GERAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 1193/09 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 007/09, de autoria do Ver. Luiz Braz, que
altera os §§ 2º e 3º e revoga o § 4º do art. 56 da Resolução nº 1.178, de 16 de
julho de 1992 – Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações
posteriores, dispondo sobre o encaminhamento das proposições, em caso de
análise aos pareceres às contestações. Com Emenda nº 01 e
Subemenda nº 01 à Emenda nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Paulinho Ruben Berta: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.
Observações:
-
discussão geral nos termos do art. 126 do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do
Dia em 22-03-10.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão
PR nº 007/09. (Pausa.) O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o
PR nº 007/09.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Prezada Srª
Presidente; meus colegas Vereadores; minhas colegas Vereadoras, eu, na verdade,
Ver. Luiz Braz, não tive ainda tempo para esmiuçar esta matéria, mas eu lanço
algumas dúvidas. Primeiro, que é uma tradição nesta Casa de que as questões
regimentais, muitas delas, geralmente sejam trabalhadas na Mesa. Geralmente as
Presidências da Casa fazem designações plurais; há muitos estudos, muitas
discussões; a Direção Legislativa tem um papel nisso, e, depois, essas matérias
vêm para o Plenário. Com isso, eu não estou dizendo que há impedimento de
Vereadores proporem mudanças - não é isso que estou dizendo -; estou dizendo
que há um certo consenso na Casa sobre esta matéria.
A minha pergunta é,
Ver. Luiz Braz: eu sou favorável, por exemplo, a que determinadas matérias
tenham tramitação terminativa em Comissões. Exemplo: eu fui um grande
batalhador para que nomes de ruas não chegassem a este Plenário, a não ser que
houvesse voto divergente nas Comissões. E é o que acontece hoje. Quando há
unanimidade, essa matéria não chega ao Plenário; portanto, a Casa, na minha
opinião, fica com tempo para discutir outras matérias. E eu não estou dizendo
que nome de rua não é importante; especialmente para quem não tem nome na sua
rua é uma matéria muito importante, mas eu acho que a Câmara tem funções mais
nobres no seu Plenário, se essa matéria for resolvida. Agora, há sete membros na
Comissão de Constituição e Justiça - Comissão da qual eu gostaria de ter
participado, e vou chegar ao final da minha Vereança e não vou participar;
tentei e não consegui -, ou seja, há a proporcionalidade de sete Vereadores,
mesmo que todos os Partidos não estejam lá representados. Então, a pergunta é:
quatro membros podem impedir que eu tramite um projeto na Casa, Ver.
Bernardino?
O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Não, mas não pode, não é assim.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Então, eu estou
lançando algumas dúvidas que eu tenho sobre essa mudança, porque eu acho que,
nesse caso, eu tenho que vir para Plenário, mas eu quero dizer que eu vou
analisar a matéria de forma mais aprofundada e vim aqui mais com um espírito
provocativo, e vejo que já surtiu efeito, porque V. Exª já veio para o debate.
O Sr. Luiz Braz: Olha, com todo
conhecimento que V. Exª tem nesse campo jurídico... Eu vou pedir para a
Presidente me inscrever e vou lhe ceder meu tempo para compensar este aparte.
Eu não vou discutir a matéria, mas vou lhe dar meu tempo para V. Exª discutir.
Nós colocamos no texto inicial que seriam cinco, depois dos parágrafos. Na
verdade, esse artigo é muito extenso. Então, não é só a votação. Depois,
existem todas as contestações e tal; então, nos outros parágrafos, pode ver que
as emendas apresentadas dizem respeito aos outros parágrafos, mas, na votação
inicial, fica exatamente o total de cinco Vereadores, porque hoje,
vergonhosamente, para esta Casa, nenhum projeto, por mais inconstitucional que
ele seja, fica parado na Comissão de Constituição e Justiça. A Comissão de
Constituição e Justiça, hoje, na verdade, não tem por que existir, porque ela
não diz o que é constitucional ou não, e tudo passa por lá. Nós não temos poder
nenhum de vetar os projetos inconstitucionais. Eu estou querendo, com esse novo
texto, dar essa condição para a Comissão, Ver. Sebastião.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Agradeço a V.Exª,
que, agora, me faz ir além. Acho que nós temos que pensar é se os Legislativos
devem legislar dessa maneira. Essa é uma questão de fundo. O patrão desta Casa
é o povo. Não sou eu que vou botar freio no tipo de mandato que o Vereador deve
ter. Eu, por exemplo, acho - me dizia o Ver. Elias Vidal que tem uma ideia
maravilhosa que vai à votação hoje - que aquele é o caso típico de uma carta de
indicação...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Sebastião Melo continua discutindo o PR nº 007/09, por cedência de tempo do
Ver. Luiz Braz.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Eu concedi um minuto
de aparte e ganhei quatro para poder terminar o raciocínio. Veja que beleza!
Agradeço a V. Exª a grandeza.
Eu estava dizendo o
seguinte: será que não é uma hora de reflexão? Esses dias o Brossard fez um
artigo brilhante - aliás, os artigos do Brossard são imperdíveis -, e, num
deles, talvez o penúltimo, ele falava disso que estou falando. O Brasil tem 181
leis, resoluções, portarias. Se nós cortarmos 80% disso, o Brasil não vai parar
e vai melhorar!
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Sebastião Melo, o resultado de
quatro a três da Comissão de Justiça tem o amparo da síntese democrática de
todos os cidadãos da Cidade. Há 35 votos que colocaram os sete Vereadores na Comissão
de Justiça.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Olha, Ver. João
Antonio Dib, eu respeito V. Exª, que vem de longe, e não é à toa que é um
brilhante Líder, mas ser democrata, acima de tudo, é respeitar as minorias. Ser
democrata da maioria é fácil. Eu estou dizendo que tenho profundas dúvidas, e,
nas profundas dúvidas, cabe a este local o debate grandioso, respeitoso. E V.
Exa, Ver. Luiz Braz, traz um debate interessante. A fúria Legislativa
brasileira, essa vontade legiferante é o melhor caminho dos Parlamentos
brasileiros? Agora permitam-me fazer um paradigma: o Sarney,
oportunisticamente, diz que vai botar um plebiscito sobre o desarmamento. Será
que é razoável que se faça isso sob
uma violenta emoção, sendo que o Governo tem “mil instrumentos” para isso? O Ministro
da Justiça está correto na sua tese: vai-se fazer mais uma lei. Então, acho que
V. Exª suscita, excepcionalmente... Esta Casa é a primeira Casa, Ver. Cecchim,
a abrir o voto; aqui não temos voto secreto. Esta Casa combateu a escravidão
antes que outras forças do Brasil o fizessem; esta Casa foi a sentinela da
resistência democrática. Pois esta Casa também é pioneira em dizer o seguinte:
não há mais projeto autorizativo, porque ele não leva a lugar nenhum; não há
mais isenção de ônibus sem dizer de onde vem o recurso. Acho que está na hora,
Ver. Braz, de produzirmos um grande debate. Eu não sei se é dessa forma; só sei
que há muitos projetos. E nós - vou dizer -, de forma, às vezes, até
irresponsável e por estarmos solidários com um colega nosso, votamos, nesta
Casa, uma matéria sabendo que ela é inconstitucional; sabemos que o Prefeito
vai vetá-la e, dez dias depois, nós mudamos de opinião. Isso não está correto,
Ver. Mauro Zacher. Todos os Vereadores que têm pareceres favoráveis ao Projeto
votam favoravelmente; o Prefeito veta, e todos os que votaram a favor passam a
ser contra! Isso vale para a base de hoje, mas valia para a base de ontem, Ver.
Todeschini.
Então, há muita
mediocridade nessa matéria, como em outras. Acho que a discussão é mais profunda,
é valiosa, e quero dizer, Ver. Braz, que, se eu pudesse dar uma sugestão a V.
Exª - V. Exª tem muita grandeza, V. Exª é Líder: quem sabe, na reunião da Mesa,
levasse esta discussão. Está aqui contribuindo, vamos, quem sabe, constituir
três, quatro, cinco. Não sei, mas se V. Exª entender votá-la, é claro, vamos
votá-la, e eu vou firmar juízo de valor sobre isso. Muito obrigado, Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PR n° 007/09.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Srª
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, Ver. Luiz Braz, aqui
estamos novamente. Primeiro, quero cumprimentá-lo pelo Projeto, por trazer esta
discussão ao Plenário; o Ver. Sebastião Melo, por apresentar um motivo
justificável e necessário para que V. Exª permaneça nesta Casa e aproveite para
participar da CCJ.
O que nós precisamos
deixar claro aqui é que os pareceres na CCJ são diferentes dos das demais
Comissões. A CCJ dá o parecer pela existência ou não existência de óbice à
matéria - se a matéria é jurídica, se é regimental, ou não. As demais Comissões
tratam de mérito. E quando votamos aqui, no plenário, nós estamos votando o
mérito. Por isso que os pareceres da CCJ são diferentes. Eu posso votar
favoravelmente lá na CCJ e aqui votar contra. Isso quer dizer o quê? Que é
legal e regimental, como diz o Ver. João Antonio Dib, que o Vereador proponha.
Muito bem.
Agora, aqui eu vou
votar o mérito; lá eu posso votar favoravelmente, e aqui eu posso votar contra.
Claro que, para quem não está acostumado com esse rito, com esse procedimento,
pode achar: “Mas que absurdo, o Parlamentar vota contra, e depois vota a
favor!” Não. É que lá nós votamos a possibilidade de ser da competência do
Parlamentar propor ou não, e aqui nós votamos o mérito. Então, temos que
separar.
Agora, na semana
passada, eu frisei um comportamento. Da forma que está, lá na CCJ, se o autor
do Projeto, Presidente da CCJ, Ver. Elói Guimarães, votar favoravelmente, o
processo segue, é assim que está. Por isso, tem mérito, sim, o Projeto, e quero
cumprimentar o Ver. Luiz Braz por trazer esta discussão. Acho que precisamos,
sim, fazer um debate mais aprofundado. Sou da tese de que nós não podemos
dificultar este Legislativo, esta Casa ou os Vereadores na proposição dos
projetos. Nós estamos acostumados a ouvir que os Poderes são independentes,
autônomos e não sei o quê; isso não é verdade.
(Aparte
antirregimental do Ver. João Antonio Dib.)
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Não senhor, Ver.
João Antonio Dib, não é verdade! Tanto é que os Legislativos têm dependência
financeira do Executivo; muitos dos que se elegem Vereadores vão assumir
Secretarias no Executivo. Então, não há independência de Poder coisa nenhuma,
vamos combinar. Há uma miscelânea aí! Quando interessa, há independência;
quando não interessa, não há - essa é a grande verdade.
Eu só vou fazer um
pedido: aqui nós temos um grupo de Vereadores que acham que há leis em excesso,
que nada mais pode ser feito, nada mais pode ser modificado, e há aqueles que
provocam as modificações, porque o direito anda, evolui pelas provocações e
porque a sociedade também evolui. Ontem era proibido o divórcio, Ver. João
Antonio Dib, ontem! Hoje já se faz divórcio nos cartórios. As coisas evoluem, e
nós precisamos evoluir, por isso sou favorável, sim, a não tirar essa condição
dos Parlamentares, porque, muitas vezes, nós somos cobrados na rua por
posições, e é através de projetos que nós expressamos a nossa vontade, a nossa
opinião. Agora, do jeito que está, parece que vocês perceberam que é preciso
fazer uma certa correção, não dá para ficar.
Quero fazer um apelo
ao Vereador proponente, o Ver. Luiz Braz: a redação, dessa forma, está muito
complexa - a redação do nosso Regimento -, e o seu Projeto, em razão das
Emendas, me parece que permanece com a interpretação complexa, por isso
provoca...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. LUIZ BRAZ (Requerimento): Senhora
Presidente, tanto o Ver. Bernardino Vendruscolo quanto o Ver. Sebastião Melo
gostam da ideia, mas ainda têm divergências com relação ao modo como nós
redigimos. Eu acho que é importante que nós possamos encontrar uma fórmula que
seja boa para a Casa. Eu não quero ser pai da criança, e essa criança nascer
monstruosa. Eu quero que nós todos possamos formalizar alguma coisa que possa
ser realmente boa para a Casa, para as nossas discussões. Então, vou pedir que
V. Exª aceite um Requerimento para adiarmos esta discussão, senão ninguém mais
vai poder fazer uma nova redação. Peço que V. Exª leve este tema para a Mesa,
como sugeriu o Ver. Sebastião Melo, porque essa seria uma fórmula mais correta
de encaminharmos a matéria.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o
Requerimento, de autoria do Ver. Luiz Braz, solicitando o adiamento da
discussão do PR nº 007/09, por três Sessões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3866/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 175/10, de autoria do Ver. Mario Manfro, que
inclui a efeméride Semana da Saúde Bucal no Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o
Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto
Alegre e organiza e revoga legislação sobre o tema –, na semana que incluir o
dia 25 de outubro.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 28-02-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 175/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO, com abstenção do Ver. João Antonio
Dib.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0430/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 008/10, de autoria do
Ver. Aldacir José Oliboni, que institui, no âmbito do Poder Público Municipal,
o bloqueio do acesso a sites que contenham conteúdo pornográfico ou que
façam apologia às drogas, à pedofilia ou à violência.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Engenheiro Comassetto: pela aprovação do
Projeto;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. Toni Proença: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 04-04-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 008/10. (Pausa.) O Ver.
Aldacir José Oliboni está com a palavra para discutir o PLL nº 008/10.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; público que
acompanha a nossa Sessão no dia de hoje, quero, inicialmente, agradecer a todos
os Vereadores das Comissões que fizeram os Pareceres, pois foram sensíveis aos
problemas que nós enfrentamos hoje, no mundo conhecido como Internet. Por um
lado, percebemos que ela traz inúmeros avanços e possibilidades para o
conhecimento; por outro lado, é preciso ter um certo regramento, uma certa
filtragem, Ver. Todeschini, dos conteúdos ora disponíveis.
Quero
trazer alguns dados que são importantes para que os colegas Vereadores possam
perceber a gravidade e a importância do Projeto que ora estamos falando: cerca
de mil novos sites de pedofilia são
criados todos os meses no Brasil. Destes, 52% trata de crimes contra crianças
de 9 a 13 anos, e 12% dos sites de
pedofilia expõe crimes contra bebês de zero a três meses de idade, com
fotografias.
Por
outro lado, nós percebemos que devemos combater, sim, os crimes cibernéticos,
sejam eles com conteúdo de pedofilia, racismo, terrorismo, tráfico de armas,
nazismo, tráfico de drogas, tráfico de mulheres, incitação ao crime contra
negros, índios e homossexuais, entre outros.
O
levantamento sobre a pedofilia revela ainda que 76% dos pedófilos do mundo,
Ver. João Antonio Dib, estão no Brasil! Vejam, a pesquisa nos preocupa, porque
é importante, sim, haver medidas que possam regrar, educar, que sejam de
filtragem ao acesso à pedofilia ou ao assédio sexual. Por essa razão, também
temos outros dados muito importantes. O estudo ouviu 25 mil estudantes do
Brasil e de outros países. Descobriu que 46% dos estudantes têm livre acesso,
sem conhecimento por parte dos próprios pais. Os próprios
pais não têm conhecimento do acesso das crianças ou adolescentes a esses sites pornográficos. Então, vejam só,
nós, pais, temos uma certa dificuldade de ter o controle dos filhos quando vão acessar
a Internet. Imaginem os senhores e as senhoras nesses telecentros - que são
disponibilizados com recurso público -, onde o usuário tem livre arbítrio, na
verdade milhares de pessoas podem acessar esses sites diariamente.
Nós temos, sim, que
investir na Internet, investir em instrumentos de informática para a população,
mas que eles possam ter um certo regramento. Essa é a ideia. Inclusive a
PROCEMPA já foi consultada, e ela tem como elaborar um programa de filtragem do
conteúdo. Por isso, então, nós achamos oportuno apresentar este Projeto de Lei,
que vem a nos ajudar a fazer um regramento do acesso a esses sites pornográficos.
O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Oliboni, quando V. Exª fornece esses
dados, esses índices, os percentuais, V. Exª tem que estar calcado num
instituto confiável, porque não dá para falar que a maior parte dos pedófilos
do mundo está aqui no Brasil, quando a gente vê, de repente, que as pessoas vêm
lá do estrangeiro para explorar aqui os nossos menores. Tem muito pedófilo por
lá, eu desconfio que os brasileiros não são a maioria dos pedófilos. Eu acho
que não. Eu gostaria de saber o nome do instituto que fez esse levantamento,
porque esses dados têm que ser confirmados.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Com certeza,
Ver. Luiz Braz. É a ONG SaferNet Brasil que
nos traz esses dados precisos. Desde 2006, os provedores de acesso à Internet
do País revelam mais de 300 mil imagens de pornografia infantil. Portanto,
estou lhe dando o nome da SaferNet Brasil, uma ONG que têm dados importantes
para que nós, de uma certa forma, tenhamos esses números para poder nos
informar e até investigar. Crianças e adolescentes de seis a 14 anos
representam 12% de um total de 73 milhões de usuários da Internet no Brasil.
Então, eu creio que é de suma importância, Ver. João Antonio Dib, nós termos
esta preocupação: de que os instrumentos públicos colocados à disposição da
população possam ter um certo regramento ou uma filtragem do seu conteúdo.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Aldacir Oliboni, eu entendo que o
Projeto de V. Exª, que é no âmbito do Poder Público, é uma agressão aos
servidores municipais, quando V. Exª está dizendo, pelo o que se entende aqui,
que eles utilizam a Internet para, ao invés de trabalharem e produzirem para o
Município, verem espetáculos como aqui estão colocados.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Ver. João
Antonio Dib, eu acho que o senhor não leu o Projeto, porque o Projeto trata de
telecentros que hoje, na verdade, estão à disposição dos cidadãos e cidadãs,
como também trata de instrumentos de livre acesso à população, que estão no
Poder Público, não são do servidor em si. Aqui na Câmara, se nós formos acessar
a Internet em alguns gabinetes ou alguns departamentos, se não foi feita essa
filtragem ou esse estancamento, ainda se consegue acessar. É preciso que se
tenha esse regramento. Em alguns tem; em outros não. Então, na verdade, hoje
não existe esse filtro do conteúdo.
Portanto, se o senhor
for utilizar a Internet aqui embaixo, no telecentro, o senhor poderá acessar
qualquer tipo de site pornográfico.
Se o senhor for em qualquer telecentro, que hoje existem em torno de 34 a 36,
no Município de Porto Alegre, à disposição dos cidadãos, também V. Exª poderá
acessar qualquer site pornográfico.
Então, eu creio que é
uma medida educativa, e eu estou pedindo a sensibilidade dos Vereadores, e
tenho certeza de que faremos um grande gesto para a proteção das crianças ...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra para discutir o PLL nº 008/10.
O SR. AIRTO FERRONATO: Meu caro Presidente,
Sras Vereadoras; Srs. Vereadores; senhoras e senhores aqui
presentes; nossos telespectadores e nossos ouvintes, sou favorável à proposta
do Ver. Oliboni e concordo com o Ver. João Dib: acho que o Projeto é acanhado
demais e que nós poderíamos, meu caro Ver. Oliboni, inserir, nessa proibição,
todas e quaisquer entidades públicas e privadas - que se proibisse esse tipo de
acesso. E sei que alguns Vereadores vão dizer que nós não temos competência.
Quero dizer que temos, sim.
Eu acho que é muito
ruim esse tipo de imagem, lida e assistida dentro do serviço público, e é a
mesma coisa, muito ruim, ser lida e assistida lá na minha empresa! Qual é a
diferença? Então, repito, Ver. Oliboni, que a proposta é boa, mas é acanhada
demais. Vamos votar favoravelmente e, depois, partiremos para uma emenda, se
for preciso. E confesso que eu não faço a emenda agora, até porque não tenho um
conhecimento maior que possa gerar uma emenda positiva.
Também quero alertar
que este Projeto me faz lembrar um Projeto de Lei que apresentei na semana
passada, que venho estudando há muito tempo, proibindo, em Porto Alegre, a
venda ou qualquer forma de distribuição de material escolar que contenham
figuras, ilustrações, imagens que despertem agressividade às crianças, que
estimulem a violência ou estimulem a exploração sexual. E apenas mostro a cópia
da capa de um caderno que eu vi, quando fui comprar o material escolar para
minha filha, aqui na Cidade de Porto Alegre, pois são imagens que estimulam,
sim, a violência (Mostra a cópia.)
Olhem o triste
episódio do Rio de Janeiro, meu caro Ver. Todeschini, e isso demonstra que
estou certo já há bastante tempo! Não é possível que alguém, no instinto e
intuito de vender a qualquer custo, venda material indispensável e necessário à
criançada porto-alegrense, Ver. Oliboni, com esse tipo de ilustração. Ninguém
pode ganhar dinheiro às custas da exploração da nossa gente e muito menos, meu
caro Ver. Oliboni - voto favoravelmente ao Projeto de V. Exª -, às custas das
nossas crianças porto-alegrenses, dos jovens e adolescentes. Não dá para nós
permitirmos pastas, livros, cadernos e outros materiais escolares com esse tipo
de figura, de imagem, de desenho, de ilustrações que venham incitar a violência
na Cidade. Esses trágicos acontecimentos demonstram que V. Exª, Ver. Oliboni,
está certo, e repito que o Projeto
de V. Exª é acanhado: nós poderíamos colocar a proibição para iniciativa
pública e privada também, temos competência para isso. É um começo, voto
favoravelmente ao Projeto, estamos certos nessas nossas propostas encaminhadas.
Muito obrigado.
(Não revisado
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): A Verª Maria
Celeste está com a palavra para discutir o PLL nº 008/10.
A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Ver.
Toni Proença; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, o Projeto, Ver.
Ferronato, a que o senhor se refere com uma “certa timidez”, inaugura uma nova
forma de transformar os dados estatísticos, Ver. Oliboni, que temos e que o
senhor trouxe num certo processo inicial, mas de forma necessária. Digo isso,
porque talvez os dados que o senhor tenha citado o Brasil ter o maior número de
pedófilos acessando a rede de Internet sejam exatamente porque faltam leis
rigorosas no País, para o controle da Internet.
Nós sabemos que, na
Europa, leis como essa que o senhor está colocando em prática para todos nós já
existem; o controle é muito maior, e aqui no Brasil, não há esse controle. Por isso, a inquietude do Ver. Luiz
Braz em relação a esses dados que
informam que o Brasil tem o maior número de pedófilos atuando na Internet, o
que ocorre justamente porque o Brasil não tem leis eficientes, eficazes que
possam coibir esse tipo de crime cometido via Internet. Houve um congresso, em
São Paulo, e um dos juizes dizia exatamente isto: “Dê-me o direito, que eu dou
a justiça”. Mas, nesse caso, não há direito para que se faça cumprir a justiça,
porque não existe a lei.
Dessa forma,
certamente, essa sua lei, aqui no Município, poderá contribuir para que haja,
efetivamente, a punição nos crimes de acesso à Internet. Aqui, especificamente,
o senhor está dizendo que, nos telecentros do Município, se coíba ou se produza
um instrumento para que não haja acesso aos sites
que possam ter pornografia infantil, pedofilia, crimes sexuais. Isso é
extremamente necessário e importante, porque nós sabemos que, a cada cinco
crianças que navegam na Internet, na rede de computadores, uma já recebeu
proposta de pedófilo. A cada cinco crianças, uma delas já recebeu! Em média, a
cada 33 crianças, uma já se comunicou pelo telefone com um abusador, com um
pedófilo, com um agressor. Essa é a dura realidade que nós vivemos!
A Campanha Nacional
de Combate à Pedofilia na Internet já vem lutando há 12 anos, e o seu site já registrou mais de 150 mil
denúncias de pedofilia na Internet.
Também nós temos que
nos preocupar, e muito, com o mercado de pornografia infantil, que é um mercado
que fatura milhões. Há uma pesquisa de uma associação italiana para a defesa da
infância dizendo que, em 2000, o mercado mafioso movimentou cinco bilhões de
dólares em todo o mundo. Em março de 2005, esse mercado dobrou, chegando a dez
bilhões de dólares, com acessos a vídeos e fotografias na Internet, mostrando
crianças que foram abusadas; não só mostrando, também vendendo esse material de
pornografia infantil.
Portanto, nós
queremos saudar a iniciativa do Ver. Oliboni. Nós precisamos de leis
eficientes, fortes, eficazes, e acho que essa iniciativa, no Município de Porto
Alegre, pode balizar outras questões em outras Prefeituras, mas ainda
precisamos, no Brasil, ter uma lei de um enfrentamento maior neste tema, porque
nós queremos, efetivamente, a construção de uma sociedade sadia que cuide da
sua infância, e não que a agrida, que a explore e que a violente, como a gente
tem percebido ao longo da história da infância no nosso Brasil. Muito obrigada,
Sr. Presidente.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra para discutir o PLL nº 008/10.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver.
Toni Proença; Srs. Vereadores; Sras Vereadoras; senhoras e senhores,
quando nós falamos sobre esse assunto, nós temos que afirmar que a nossa
central tem bloqueio em relação aos conteúdos pornográficos. Tem bloqueio.
Agora, não sejamos ingênuos: mesmo com bloqueio, as pessoas que quiserem
burlá-lo o burlam, por meio dos atalhos que existem e que as pessoas que
conhecem essa ferramenta, que é a Internet, conseguem.
Agora, o que eu
questionei o Ver. Oliboni foi em relação a esse dado que ele coloca no ar e que
eu, realmente, acho que ficamos sem comprovar. Quem é que fez a pesquisa de
que, aqui no Brasil, vivem os 75% dos pedófilos do mundo? Pelo amor de Deus!
Ele diz: “Não, é uma ONG chamada SaferNet Brasil”. Ora, pare com isso! Qualquer
ONG pode jogar um dado no ar e, de repente, enxovalhar todos os brasileiros. Eu
vejo muito mais europeus e americanos vindo para cá buscando corromper a nossa
juventude do que nós, brasileiros, indo lá tentar corromper a juventude deles.
Então com relação a esses dados que o Ver. Oliboni coloca, de uma ONG
desconhecida de todos nós, eu não posso confiar em dados assim! Eu acho que não
é isso que pode embasar o Projeto do Ver. Oliboni.
Com toda certeza,
Ver. Aldacir, se as redes que temos no nosso Município ainda não têm bloqueio
para conteúdos pornográficos, é um absurdo que isso esteja acontecendo! Isso
deveria ser a normalidade! Aqui na Câmara, há muitos anos, nós temos esse
bloqueio. Acho que isso deve acontecer no nosso Município também. Eu não posso
afirmar, mas penso que sim. O Partido de V. Exª e outros Partidos passaram pelo
nosso Município, e acho que devem ter colocado bloqueio nessas redes; acho que
sim.
O Sr. Mario Manfro: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Braz, obrigado pelo aparte. Sem dúvida
alguma, o Projeto do Ver. Oliboni tem mérito, embora eu também questione esse
número de 76% dos pedófilos no mundo serem brasileiros. Certamente esse número
não pode estar correto.
Quando fala na
violência, quando faz apologia à violência, eu acho isso muito amplo, porque a
maioria, a grande parte dos games que
as crianças hoje utilizam faz apologia à violência. Mas o que me chamou
atenção, Vereador, é quando diz ter um conteúdo pornográfico ou fazer apologia
às drogas, mas não basta só isso. Quando um Governador do Estado faz apologia à
droga, temos que cuidar disso também.
O SR. LUIZ BRAZ: Com certeza. Lá na
Universidade Federal, é verdade.
O Sr. Mario Manfro: Exatamente. Na
Universidade, o Governador do Estado fez apologia ao uso da maconha, que, até
onde saiba, é uma droga. Obrigado pelo aparte.
O SR. LUIZ BRAZ: Agradeço a Vossa
Excelência. Ver. Oliboni, eu vou votar no Projeto de Vossa Excelência, mas não
acredito na eficácia dele. Eu acho impossível que, nas outras repartições
públicas do nosso Município, não haja bloqueio a conteúdos pornográficos. Acho
impossível que isso esteja acontecendo; não pode! Aqui, V. Exª sabe muito bem,
há muitos anos, temos bloqueio para conteúdos pornográficos. Mas não adianta
nada! V. Exª sabe que quem sabe mexer com a Internet fura esses bloqueios, sem
nenhum problema. Mas vou votar favoravelmente. Afinal de contas, a intenção de
V. Exª é boa. Eu voto mais na intenção de Vossa Excelência. Desculpe-me, mas,
com todo o respeito que V. Exª merece, acho que não vai ter efeito algum,
porque acho impossível que, nas outras repartições públicas, já não haja esse bloqueio.
Mas eu vou votar favoravelmente ao Projeto de V. Exª, sem acreditar nos efeitos
que ele possa causar.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Carlos
Todeschini está com a palavra para discutir o PLL nº 008/10.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr.
Presidente, Ver. Toni Proença; Vereadores e Vereadoras, só quero fazer aqui um
registro de que o Governador Tarso Genro nunca fez apologia às drogas. Ao
contrário, foi quem mais combateu o crime organizado e quem se valeu das drogas
para contaminar a sociedade brasileira até hoje - disso o senhor pode ter
certeza. Então, não podem as pessoas virem aqui e fazer leituras convenientes,
leituras ou manifestações de interesse.
O Ver. Aldacir
Oliboni levanta um tema complexo, um tema presente e um tema que, muitas vezes,
nós, mortais, não vemos, não enxergamos, mas a juventude e as crianças podem,
dentro de casa, estar sofrendo esse tipo de violência.
Verª Maria Celeste,
lembro-me muito bem do seu Projeto, transformado em Lei, que proíbe o uso de
fotografias e imagens de mulheres, aqui na Cidade, como elementos de exploração
do corpo da mulher. Mesmo assim, não vejo essa Lei sendo cumprida, porque, um
dia ou outro, nós saímos e encontramos nosso carro com propagandas
pornográficas de pessoas aqui da Cidade, inclusive, com a Lei sendo burlada.
O Ver. Aldacir
Oliboni traz um dado que diz, precisamente, que 76% dos crimes de pedofilia
acontecem no Brasil. Esta é a informação que tem de ser dita. E é importante
que se diga que, justamente por falta de lei, Ver. Oliboni, por falta de
coerção e por falta de controle é que, talvez, aqui no Brasil, esse tipo de
crime aconteça com mais intensidade.
Quem não sabe, por
exemplo, do que acontece naquelas cidades de intenso turismo do Nordeste? Cito
aqui Natal, Fortaleza - conforme vimos, há poucos dias, no Fantástico -,
Recife, Maceió e outras cidades.
Quando estive em
Natal, no ano passado, em férias, Ver. Mauro Zacher, as pessoas me relataram
sobre o que estava acontecendo, até há pouco tempo, naquela cidade, quando voos
charter eram fretados diretamente da
Europa, de países como Itália, Alemanha e vários outros, exclusivamente para o
turismo sexual.
Após uma ação
rigorosa da Polícia Federal, em que centenas, milhares de pessoas foram presas,
houve uma normalizada, mas isso continua, Ver. Oliboni, pelos meios
eletrônicos. Essa é a questão; é disso que estamos falando.
Então, se quisermos
uma sociedade sem violência, que enfrente e combata todo tipo de criminalidade,
temos que pensar, sim, na normatização, no regramento rigoroso dessas coisas.
Por isso que o seu Projeto tem mérito e por isso que nós vamos apoiá-lo.
Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLL nº 008/10.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver.
Toni Proença; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, lei deve ser clara,
precisa e concisa.
Esses dias,
examinaram-me sobre Informática. Sabe que nota eu levei? Zero! Eu não sei nada
sobre Informática, e não me envergonho de declarar, porque este computador aqui
ainda funciona muito bem. Em leitura, eu levei nota dez.
Aí eu li a Lei do
Ver. Oliboni, que diz o seguinte (Lê.):
“...institui, no âmbito do Poder Público Municipal, o bloqueio do acesso a sites
que contenham conteúdo pornográfico ou que façam apologia às drogas,
à pedofilia e à violência.” Está-se dizendo o Poder Público Municipal é a
Câmara Municipal, o Legislativo e o Executivo; fora disso, não há salvação.
Então, estão me dizendo que os Vereadores, os servidores da Câmara, os
servidores do Município estão utilizando a Internet para se aperfeiçoarem no
crime, segundo dizem eles. Vejam o que diz o jornal O Sul hoje: “A Câmara
Municipal de Porto Alegre vota hoje projeto de lei que prevê o bloqueio na rede
de informática de órgãos municipais [Vejam que ele lê como eu, já levei nota
dez em leitura, e aqui confirmou], do acesso a sites que tenham conteúdo
pornográfico ou que façam apologia às drogas, à pedofilia e à violência.”
Precisa lei para bloquear apologia criminosa?”- pergunta o colunista.”Não seria
melhor denunciar esses sites descobertos?”
Então, eu não posso acusar os municipários de usar a Internet. Só porque eu não
sei usar, vou acusar meus colegas municipários de usar a Internet para dar
clima para a pedofilia, para a violência e para as drogas? Não, não, não. Eu,
inclusive, sugeri que fosse suspensa a discussão e que emendassem o Projeto,
porque, da forma como está, eu só estaria agredindo aqueles que, como eu,
serviram o Município de Porto Alegre e que hoje continuam servindo. Portanto,
me manifesto contrariamente e volto a dizer: a lei tem que ser clara, concisa e
precisa; esta é clara, é precisa e até concisa, que diz que os municipários,
quer sejam eles do Executivo ou do Legislativo, estão usando a Internet para se
aperfeiçoar nas drogas, na pedofilia e na violência. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir o PLL nº 008/10.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Ver.
Toni Proença; colegas, são nos pequenos atos que muitas coisas acontecem e
evoluem. Uma pequena medida legislativa, os cuidados que nós já tomamos nesta
Casa, são e foram insuficientes. O Ver. Oliboni me alertou sobre o tema da
possibilidade, ainda, de se acessar sites,
mesmo com o filtro que existe. Eu já iria colocar isso na reunião de Mesa de
segunda-feira, pois já tinha sido alertado sobre esse problema. Esse é um
problema grave e recorrente. Qual o controle que nós temos, Ver. Bernardino,
dos computadores nesta Casa, quando sabemos que, inclusive, por controle
remoto, à distância, se acessam os sites
da Câmara? E com os hackers que
existem - e não precisa ser um hacker;
claro que vai ser um hacker, mas não
precisa ser sujeito que tenha o propósito de “hackear”, mas alguém que tenha o
propósito de acessar esse tipo de site -
isso pode ser feito, inclusive, a longas distâncias. São perguntas que eu faço.
Este Plenário tem de servir para esse tipo de debate, pois, afinal de contas,
do que estamos falando? Temos de ter mais rigor no controle da Internet, é
óbvio que sim, mas que controle e por que razões? Há um debate sobre a
possibilidade de a gente, avançando num controle rigoroso, acabar fazendo
censura. Não, não estamos discutindo fazer censura, mas, sim, coibir atos
ilícitos, que são coisas complementarmente diferentes. E não se trata apenas
dos sites de pornografia, mas se
trata, aqui em Porto Alegre, de um modo especial, dos de pornografia e dos que
incitam o preconceito e a violência, porque aqui se encontram, em Porto Alegre,
pessoas que são articuladas, que têm sites
e que incitam violência e preconceitos contra judeus, negros, pobres,
homossexuais. Isso, sim, é muito grave. Ontem, inclusive, vi, na imprensa
nacional, a preocupação que há em São Paulo, por exemplo, com um dos seus
símbolos, que é uma das avenidas mais movimentadas, a Av. Paulista, onde mais
atos de violência aconteceram nos últimos anos, desde uma pessoa com problemas
mentais que esfaqueou duas pessoas, até pessoas que atacaram homossexuais ou
supostos homossexuais. Portanto, esta questão que o Ver. Oliboni coloca aqui
traz uma discussão muito importante sobre o trabalho que temos de fazer, usando
todos os meios e modos para coibir, sim, a questão da pornografia, da violência
contra mulheres e contra crianças, da pedofilia, dos atos de vandalismos, de
violência e de tudo o que faz mal, que é contra as pessoas, que é contra a
liberdade; portanto, nós temos que defender os direitos e temos que coibir
todas as formas de ilícito. Por isso estou com Vossa Excelência. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Mauro
Zacher está com a palavra para discutir o PLL nº 008/10.
O SR. MAURO ZACHER: Sr. Presidente, Ver.
Toni Proença; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; público que nos
acompanha das galerias, eu venho a esta tribuna, Ver. Aldacir José Oliboni,
justamente para cumprimentá-lo. Acho uma bela iniciativa, acho que aquilo que,
realmente, já é feito, como neste momento, através do controle da PROCEMPA, e
também a preocupação que nós temos que ter em relação a esse assunto, pelo
menos dentro do ambiente do Poder Público, é o mínimo. Transformar em lei é a
garantia que nós temos de que isso, ao longo dos anos, não seja esquecido ou,
talvez, não seja tratado com a importância que deva ser. Então, mesmo sabendo
que é uma bela intenção, mesmo sabendo que o Município, o Poder Público, já se
preocupa em relação a isso. Se qualquer funcionário desta Casa, servidor desta
Casa, tentar ter acesso a algum site,
não conseguirá, porque já está dentro do controle do Poder Público. A garantia
da lei é a certeza de que nós pelo menos estamos fazendo com que o debate venha
à tona, que isso se transforme numa garantia legal, porque a Internet tem nos
dado isso, a Internet tem sido o grande esconderijo daqueles que querem exercer
ou a violência ou atos ilícitos. Ao mesmo tempo em que se torna uma grande
ferramenta para nós, sem dúvida torna-se o grande esconderijo. E nós, que ainda
não temos uma legislação no nosso País capaz de garantir uma segurança muito
maior aos usuários de Internet, sabemos que os grandes usuários, hoje, são a
nossa juventude, os nossos adolescentes, as nossas crianças, que a usam
diariamente, pois já fazem parte da estrutura curricular dos nossos jovens as
ferramentas da informática e principalmente da Internet.
Então, sem dúvida, o
debate é importante, assim como a intenção de V.Exª, ao trazer este Projeto a
esta Casa, é uma preocupação, aliás, que nós já temos; portanto, acima de tudo,
estamos garantindo no âmbito legal.
Então eu quero não só
garantir que V. Exª terá o apoio deste Vereador, mas também tenho certeza de
que a nossa Bancada irá acompanhá-lo, porque se trata de um bom Projeto, de uma
bela intenção, que garante aquilo que nós já construímos ao longo do tempo, não
dando acesso a esses sites, sejam
eles relacionados à violência, à pedofilia, ao tráfico ou a outros tantos que a
gente sabe que existem na Internet e com os quais a gente tem que ter uma
grande preocupação. Portanto, V. Exª terá o apoio deste Vereador e tenho
certeza de que a nossa Bancada também irá acompanhar. Parabéns pela iniciativa.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra para
discutir o PLL nº 008/10.
O SR. DR. RAUL TORELLY: Presidente, Ver. Toni Proença; Sras Vereadores e Srs.
Vereadores; público que nos honra por estar nos assistindo neste momento, eu
acredito que nós precisamos incentivar as boas iniciativas. Neste momento, eu
aproveito, também, no tocante às boas iniciativas, para divulgar o relançamento
de um livro muito importante do sempre grande Psicanalista e Escritor Cyro
Martins. O lançamento desse livro foi feito há 30 anos, e agora ele está sendo
relançado, ou seja, ele é perene. Ele trata da relação médico-paciente, tão
importante para todos nós que precisamos do apoio e do conforto do médico, algo
tão necessário para todos nós (Mostra o livro.). Isso também faz com que nós
estejamos sempre nos preocupando com as questões da drogadição, da psiquiatria.
E nós teremos em
Porto Alegre também, no próximo mês, um grande evento nacional, que será a VII
Jornada CELPCYRO, sobre Saúde Mental; I Simpósio Brasileiro sobre Comorbidades
Psiquiátricas, cujo tema será o transtorno mental e a dependência química,
temas extremamente relevantes para toda a sociedade. Teremos vários
especialistas do nosso Brasil, inclusive de fora dele, para nos focar, para nos
auxiliar e nos fazer avançar dentro do tratamento das psicopatias tão
importantes.
Também quero saudar a
iniciativa do nobre Ver. Aldacir José Oliboni, porque eu me debrucei e me
debruço, há tantos anos, na área da Saúde, sobre a questão da criança, do
planejamento familiar... Tivemos um Fórum muito importante ontem, aqui nesta
Casa, com mais de 350 pessoas, um Fórum que fez aquele trabalho de divulgação
de grandes ações nessa área, que é o planejamento familiar como ferramenta de
combate à miséria. Quero agradecer a todos que participaram daquele momento tão
importante e que tão bons frutos trará à sociedade.
É claro que a
Internet é relativamente nova para todos os brasileiros. Nós, que somos mais
antigos aqui, nos lembramos de uma era onde não se podia legalmente ter acesso
a isso aqui no Brasil. Acredito que estamos há 15, 20 anos com essas ações
liberadas no País. E tudo que nós possamos fazer no sentido de qualificar, de
não permitir sites, na Internet, que
possam trazer conteúdos que não façam bem para a sociedade, nós podemos
interferir, como Vereadores, na área Municipal. E essa iniciativa do Ver. Aldacir
José Oliboni me parece interessante no sentido de contribuir, fazer com que,
realmente, as pessoas, que hoje têm esse acesso liberado, não o tenham mais.
Isso não é
cerceamento à liberdade de ninguém; isso simplesmente é uma ação de dignidade e
de trabalho para que possamos ter trabalhadores cada vez mais qualificados e
erradiquemos, de uma maneira mais forte, questões como drogadição e pedofilia
da mente de todos nós, das crianças e dos adultos. Isso teria que ser banido de
todo o mundo.
Isso é importante,
porque é nesse sentido que trabalha o Projeto do Ver. Aldacir José Oliboni,
tendo o bom senso de já ter falado com a PROCEMPA, que já lhe colocou que é
possível fazer esse bloqueio sem problemas maiores. Então acredito que
estaremos juntos, porque a causa é nobre, e nós nos associamos às boas causas.
Obrigado. Saúde para todos!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Não há mais
quem queira discutir. Em votação o PLL n° 008/10. (Pausa.) O Ver. Engenheiro
Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do PLL n° 008/10.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Toni Proença; colegas Vereadores e Vereadoras, em nome da
nossa Bancada, a do Partido dos Trabalhadores, e do autor do Projeto, o Ver.
Aldacir Oliboni, ouvimos, aqui, atentamente, todos os Partidos, todas as
Bancadas e, por unanimidade, até agora, se destaca aqui a importância de tratar
este assunto. Sabemos que, com o processo da revolução da Tecnologia da
Informação e da Comunicação, todos nós, todas as nossas famílias - e nós, que
temos um compromisso público -, precisamos nos empenhar para buscar a justeza,
quando há má utilização dessas belas ferramentas do avanço tecnológico.
Ver. João Carlos
Nedel, quando o avanço da tecnologia veio, obviamente quem o instituiu nunca
pensou que ele fosse utilizado para destruir a sociedade, como é feito por
muitos hoje. A discussão dos temas de pedofilia, crimes sexuais, utilização das
ferramentas de Internet tem que começar por nós, pelo Poder Público, e o Ver.
Oliboni está propondo que o Município de Porto Alegre, na esfera do Poder
Público Municipal, inicie este debate. A PROCEMPA já analisou isso e disse que
é possível; então, o Município pode começar a dar o exemplo. Depois que
instalarmos no Poder Público, poderemos fazer com que o Município de Porto
Alegre, na sua plenitude, por meio de todos os sistemas que existem, de
controle da Tecnologia da Informação e Comunicação, estenda isso para toda a
sociedade.
Portanto, venho aqui
em nome do Ver. Aldacir Oliboni e em nome da nossa Bancada, pedir o voto
favorável ao Projeto, porque iniciativas como esta e como muitas outras que têm
surgido nesta Casa são o embrião de manter Porto Alegre viva no cenário local e
nacional como uma Cidade de vanguarda. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Em votação o
PLL nº 008/10. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO, com voto contrário do Ver. João
Antonio Dib.
O SR. IDENIR CECCHIM (Requerimento): Sr. Presidente,
requeiro a retirada da priorização do PLL nº 021/11.
O Sr. PRESIDENTE (Toni Proença): Em votação o
Requerimento de autoria do Idenir Cecchim, que requer a retirada da priorização
do PLL nº 021/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
Quero registrar a
presença dos Conselheiros Tutelares, atuais, Rodrigo e Marcelo, da Microrregião
1, que nos visitam e nos honram com suas presenças.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 5138/05 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 247/05, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que
dispõe sobre a instalação de banheiros químicos nos pontos de táxi do Município.
Com Emenda nº 02. Com Subemenda nº 01 à Emenda nº 02.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Ibsen
Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto; Relator Ver. Luiz
Braz: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação
da Emenda nº 02 e da Subemenda nº 01 à Emenda nº 02;
- da CUTHAB. Relator Ver. Elias
Vidal: pela aprovação do Projeto, da Emenda nº 02 e da Subemenda nº 01 à
Emenda nº 02;
- da COSMAM. Relator Ver. Dr.
Raul: pela aprovação do Projeto, da Emenda nº 02 e da Subemenda nº 01 à
Emenda nº 02.
Observações:
-
retirada a Emenda nº 01;
-
prejudicada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01;
-
adiada a discussão por duas Sessões em 25-03-09;
-
incluído na Ordem do Dia em 21-06-10.
O Sr. PRESIDENTE (Toni Proença): Em discussão o
PLL nº 247/05. (Pausa.) O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
discutir o PLL nº 247/05.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, o Ver. Haroldo de
Souza propõe que o Poder Público disponibilize banheiros, sanitários, para os
taxistas dos pontos fixos de táxi. Isso é uma importante iniciativa, porque há
vários lugares, vários pontos que não têm acesso e não têm proximidade de
nenhum banheiro, de nenhum sanitário público. Mas a minha preocupação vem no
seguinte sentido: esta mesma proposição é Lei, está aprovada a dez anos e nunca
foi implementada, por exemplo, para atender às necessidades de sanitários das
feiras livres de nossa Cidade. E vejam só, das feiras livres, participam, dois,
três, quatro, cinco, às vezes dez mil pessoas, e essa Lei até hoje não foi
cumprida.
Não tenho dúvida da
importância do Projeto, vou votar a favor, Haroldo, mas é preciso, ao mesmo
tempo, chamar a atenção do Poder Público para que cumpra a Lei onde ela já existe
com o mesmo teor, Ver. João Dib, nas feiras livres. Por quê? Porque acompanho,
por exemplo, a Feira da Otto Niemeyer, que voltou para a Otto agora. Já fiz um
agradecimento de público ao Prefeito sobre isso; só que os sanitários de que as
pessoas, os feirantes, dispunham eram lá na Cavalhada, lá no equipamento do
DMLU; agora, como a Feira subiu quatro quadras, o banheiro dista, Ver. Dr.
Raul, 300 a 400 metros. Vejam só, o feirante que está na feira, que tem que
chegar lá às 6h da manhã e que fica até às 13h, tem que fazer 400 metros para
chegar no banheiro e mais 400 metros para voltar. E como é que fica o
atendimento na banca? E a mesma coisa é o taxista. A iniciativa é boa,
meritória, vou votar a favor, mas nós temos que exigir, Ver. João Dib - o senhor,
que é Líder do Governo -, o cumprimento dessa Lei. Essa Lei não está sendo
cumprida, e é uma questão de Saúde Pública, é uma questão de necessidade
básica. Sou grato pela atenção de todos.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Em votação a Emenda nº 02 ao PLL nº 247/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a
Subemenda nº 01 à Emenda nº 02 ao Projeto nº 247/05. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.
Em votação o
PLL nº 247/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 6072/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 263/09, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que institui homenagem à Loja Maçônica A Virtude,
constituída por um monumento em granito, sem ônus para o Município, e dá outras
providências.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Engenheiro Comassetto: pela aprovação do
Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da
LOM em 23-02-11.
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Em discussão o PLL nº 263/09, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo.
O SR. CARLOS TODESCHINI (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Solicito abertura do painel eletrônico, para
verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Carlos Todeschini. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Onze Vereadores presentes. Não há quórum.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 17h23min.)
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